Monday 22 June 2009

Documentário: OS PÊSSEGOS DA CORNICHA

"Os Pêssegos da Cornicha" é um documentário de curta metragem (22 min.), dirigido por Pedro de Filippis, que mostra a visão da comunidade André do Mato Dentro sobre os impactos do Projeto Apolo, conduzido pela companhia mineradora VALE em determinada região do Estado de Minas Gerais. O documentário também faz um apelo em favor da conscientização e da mobilização da população sobre a atual crise ambiental do Estado.

Para assitir ao documentário, basta clicar aqui

Saturday 20 June 2009

Red de Organizaciones Sociales de Coquimbo

Este blog recomenda a página web da Red de Organizaciones Sociales de Coquimbo, Chile. Para acessar, basta clicar aqui.

Thursday 18 June 2009

Vale vai investir US$ 4 bi no setor de siderurgia

A Vale, a sul-coreana Dongkuk e a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) assinaram ontem um memorando de entendimento com o governo do Ceará para a instalação de uma usina siderúrgica integrada, cujo projeto prevê investimentos de US$ 4 bilhões na primeira fase. A unidade terá capacidade de produção de até 6 milhões de toneladas anuais de placas de aço para exportação.

Segundo o memorando, a usina será instalada no Complexo Industrial e Portuário de Pecém, em uma área de aproximadamente 1 mil hectares. Além de produtos siderúrgicos, a usina irá produzir ainda energia elétrica para atender o mercado brasileiro.

Em comunicado distribuído ontem, a Vale reafirmou que sua atuação no setor visa a agregar valor à cadeia produtiva. A mineradora brasileira participa ainda da construção de outras duas unidades siderúrgicas no país: a da Thyssenkrupp CSA, no Rio de Janeiro, e a da Aços Laminados, no Pará.

A primeira terá capacidade para produção anual de 5 milhões de toneladas de placas de aço. O projeto engloba ainda porto, coqueria e térmica. O início das operações está previsto para final 2009 ou início 2010. A segunda unidade será em Marabá, no Pará, e está programada para produzir 2,5 milhões de toneladas de aço.

A Vale detém ainda participação de 50% na relaminadora de placas americana California Steel Industries (CSI), empresa siderúrgica produtora de aços planos com sede na Califórnia, nos Estados Unidos. Os outros 50% pertencem à JFE Steel.

Fonte: Jornal do Commercio - 18/06/2009

Motoristas da empresa Cisne Branco entram em greve

Greve de motoristas podem deixar centenas de funcionários da Vale e da Alumar sem transporte.

Revoltados com as péssimas condições de trabalho, motoristas da empresa Cisne Branco, responsáveis pelo transporte dos funcionários da multinacional Alumar, iniciaram a paralisação de toda a frota para se reunir em frente à sede da empresa de transporte e reivindicar aumentos salariais, extensão do plano de saúde aos familiares, redução da carga horária de trabalho dentre outras exigências. De acordo com um motorista envolvido no movimento, os rodoviários que transportam funcionários da Vale também irão aderir a paralisação. A equipe de reportagem de O Imparcial Online, tentou contato com a empresa Cisne Branco mas não conseguiu esclarecer a situação.


Fonte: Michel Sousa - O Imparcial Online

Tuesday 16 June 2009

Um exemplo de investimento social mal começado

Publicamos um informe/reflexão do Assessor do Conselho Municipal da Criança e Adolescente de Açailândia, Eduardo Hirata. A partir do problema da "Meninada do trem", a Vale e as entidades locais tentaram encontrar soluções; nem sempre as soluções mais interessantes para uma grande companhia são as mais uteis e eficazes nas políticas públicas municipais. Nem sempre os investimentos sociais da Vale são realizados na direção certa.

Na manhã do dia 05 de junho de 2009, como parte das comemorações do 28° aniversário do Município de Açailândia-MA, a Prefeitura e a Fundação VALE inauguraram a “CASA ABRIGO”. A nova unidade de acolhimento institucional, localizada nos altos da Vila Bom Jardim, é resultado da doação, no final de 2007, de R$ 291.146,82 da Fundação VALE ao FIA -Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência, gerido pelo COMUCAA- Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Foi uma inauguração de peso, com as presenças do Prefeito Municipal, Ildemar Gonçalves dos Santos; representantes da VALE, José Carlos Sousa e Afonso Melo; Secretária Municipal de Assistência e Promoção Social/SEMAPS, Elizete Moreira Freitas, a quem caberá a manutenção e funcionamento da “Casa Abrigo” (que tem capacidade para atender até 20 Crianças e Adolescentes); Presidente do COMUCAA, Siley Elcen Santos; Padre Pedro Carlos, representante do Fórum DCA-dos Direitos da Criança e do Adolescente; Conselheiras Tutelares Andreya Carvalho de Oliveira, Gilma Castro de Sousa e Veronice Pereira Carvalho; Promotora de Justiça, Emanuela Barros Bello Peixoto; vereador Hélio Batista dos Santos, Presidente da Câmara Municipal; titulares de Secretarias, Vereadores. A “Casa Abrigo” foi inaugurada, mas ainda não entrou em funcionamento: o programa e regime de atendimento, como exige o ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 90, não foi registrado no COMUCAA, e o quadro de pessoal não está completo e treinado.

A “Casa Abrigo” é nome resultante da sugestão do Juiz de Direito Wilson Manoel Freitas Filho, numa das inúmeras reuniões ampliadas (COMUCAA, SEMAPS, Conselho Tutelar/CONTUA, Ministério Público Estadual/MPE, Judiciário Estadual, VALE, Procuradoria do Município) realizadas desde 2006, inicialmente para tratar com mais agilidade e eficácia da problemática da “Meninada do Trem”, fenômeno que perdura desde a abertura da Estrada de Ferro Carajás, caracterizado pela “perambulagem” de Crianças e Adolescentes nos trens da VALE, sejam os de passageiros, minérios ou cargas, na rota entre Parauapebas-PA e São Luís-MA. Açailândia, pelas estatísticas disponíveis, é um dos locais de “aporte, pontos de apoio e parada” para esta “Meninada”, em suas aventuras modernosas à moda “Tom Sawyer e Huckleberry Finn”, dramaticamente pinceladas pelos tons sombrios da “questão social”, que impactam perversamente nossas famílias, e por tabela, nossa vulnerabilizada Infância, sobretudo nestes desvalidos Norte-Nordeste.

O processo de instalação da “Casa Abrigo” ocorre no momento que Açailândia, através do COMUCAA., estuda e discute o “ Plano Nacional de Promoção, proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária” , no objetivo da construção do nosso respectivo “Plano Municipal”. Para cumprir este Direito, a Política Municipal de Atendimento conta com apenas um programa de acolhimento, a unidade “Casa de Passagem”, existente a cerca de quinze anos, administrada pela SEMAPS. Contamos por alguns anos com duas “Casas Lares”, hoje desativadas, uma feminina outra masculina, de âmbito comunitário, no CIFEC- Centro de Integração Familia, Escola e Comunidade, administradas pela Congregação das Irmãs da Divina Providência. Nenhum outro programa oficial de atendimento do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, apesar de “na prática, de fato”, dezenas de Crianças e Adolescentes terem sido colocados/as em famílias substitutas/acolhedoras, entregues “liminarmente” à guarda, tutela e adoção, pelo serviço social público, Conselho Tutelar, Ministério Público ou Judiciário. A “ Casa de Passagem”, que será extinta com o início da “Casa Abrigo”, ocupa dependência da Câmara Municipal, desde sempre inadequada para atendimento a contento das necessidades da medida protetiva de “abrigo”.

É certo que a nova unidade de acolhimento, a “Casa Abrigo”, recém-inaugurada, vem atender diretamente aos reclamos do CONTUA, MPE e Judiciário, pressionando a Assistência Social Municipal por atendimento mais digno à demanda da “Meninada do Trem”, o que serve igualmente, e diretamente, aos interesses da VALE, mas é certo também que restam dúvidas sobre a oportunidade e a modalidade de atendimento a ser oferecida. A “Casa Abrigo”, nos termos em que está sendo concebida, de acolhida e atendimento a Crianças e Adolescentes em situações diferenciadas, podendo ser “provisórissimas, de poucos dias dias ou semanas, como são na maioria os casos da ‘Meninada do trem’ (casos típicos de atendimento na modalidade ‘Casa de Passagem’)”, como permanências mais prolongadas, de meses ou anos (que deveriam ser atendidas em outras modalidades, como “Abrigos Institucionais Especializados para Pequenos Grupos, Casa-Lar, República”), não encontra guarida nos princípios e diretrizes do “Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária”.

Não dá, não é conveniente “misturar” Crianças e Adolescentes em situações diferentes de violações de Direitos, que exigem diferentes “receitas” de atendimento. Não se trata de “separar o joio e o trigo”, mas qualificar e dar eficácia de tratamento, reparando-se devidamente as situações que levaram às medidas de abrigo. Uma coisa é cuidar da demanda de quatro, cinco da “Meninada do Trem”, oriunda de Marabá, ou São Luís, outra coisa é cuidar de grupos de irmãos em processo de reinserção familiar, ou de vítimas de drogadição/violência sexual sem ou com vinculação familiar fragilizada: simplesmente não dá para “botar e cuidar tudo junto num espaço só e ao mesmo tempo”...

A realidade da “questão social açailandense” obriga sim a existência de unidades de acolhimento institucional, sejam públicos ou comunitários. Precisamos de uma “Casa de Passagem”, para atendimento imediato, provisórissimo e excepcional de Crianças e Adolescentes em situações de abandono, negligência e violência, mas precisamos também de outras unidades/abrigos (atendimento a situações de drogadição/violência sexual: “Menina dos Olhos de Deus”, por exemplo; de conflito com a lei; Casas-Lares; República). E de programas de “Famílias Acolhedoras”, bem como de estímulo à adoção, como preconiza a Constituição da República, artigo 227, § 3°, VI.

Tudo isso posto, ainda há tempo para pensar/repensar bem sobre como funcionará/atenderá esta nova unidade de acolhimento, a assim chamada “CASA ABRIGO” que pelo vulto do investimento e na perspectiva de conjunto de um “Programa Municipal de Atendimento dos Direitos de Crianças e Adolescentes ao Convívio Familiar e Comunitario” exercerá papel fundamental na garantia destes Direitos e no fortalecimento de laços familiares, comunitários e sociais.

O maior trem do mundo

(Carlos Drummond de Andrade)

O maior trem do mundo
Leva minha terra
Para a Alemanha
Leva minha terra
Para o Canadá
Leva minha terra
Para o Japão

O maior trem do mundo
Puxado por cinco locomotivas a óleo diesel
Engatadas geminadas desembestadas
Leva meu tempo, minha infância, minha vida
Triturada em 163 vagões de minério e destruição

O maior trem do mundo
Transporta a coisa mínima do mundo
Meu coração itabirano

Lá vai o trem maior do mundo
Vai serpenteando, vai sumindo
E um dia, eu sei não voltará
Pois nem terra nem coração existem mais.

(Jornal “O Cometa Itabirano”, 1984)

Tuesday 2 June 2009

Alunorte, do grupo Vale, é indiciada por crime ambiental no rio Murucupi

A Polícia Civil anunciou na manhã desta terça-feira (2), durante coletiva concedida à imprensa, que a mineradora Alunorte será indiciada por crime ambiental. No dia 27 de abril, uma substância conhecida como lama vermelha transbordou de um reservatório da empresa, causando danos ambientais ao rio Murucupi, um dos braços do rio Pará.
O delegado Fabiano Amazonas, da Dema (Delegacia do Meio Ambiente), afirmou que embora o inquérito ainda não tenha sido concluído, alguns resultados de análises realizadas pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Instituto Evandro Chagas e Laboratório Central da Sespa (Secretaria Estadual de Saúde), são suficientes para indiciar a Alunorte. A empresa deverá pagar uma multa que será estipulada pelo juiz do caso ao final do inquérito. 
Outro ponto que deve ser concluído no fim das investigações policiais é sobre o indiciamento das pessoas responsáveis pelo projeto do reservatório, de onde transbordou a substância. A polícia quer saber se houve falha no projeto.  Se for compravado a falha no projeto, os indiciados podem receber penas entre 1 e 5 anos de prisão.
A lama vermelha que contaminou a área tinha na sua compoisção, segundo inquérito policial,  arsênio, ferro, alumínio, titânio, cromo, chumbo e mercúrio. A lama é resíduo do beneficiamento da bauxita.
Uma das hipóteses para o transbordamento é uma forte chuva que caiu no dia 27 de abril, com duração de duas horas. 'O acidente contaminou o ecossistema do rio, causando morte de peixes e fitoplânctons', afirmou o delegado. 
A polícia ainda aguarda o resultado de outros laudos periciais para finalizar as investigações. Para isso foi solicitado um prazo de mais 30 dias a justiça. Participaram da coletiva o diretor de Polícia Especializada, delegado Neyvaldo Silva, o perito do CPC Renato Chaves, Rosilvaldo Cantuária, e o delegado Fabiano Amazonas.

Outro lado - Por meio de nota enviada à redação do Portal ORM, a Alunorte afirmou que as operações de beneficiamento da bauxita estão rigorosamente licenciadas e dentro da legalidade. A empresa afirmou ainda que adota cautelas adicionais ao seu sistema operacional de controle ambiental. 'Exemplo disso, o depósito de rejeitos sólidos (DRS), que armazena os resíduos de bauxita, foi projetado e construído com capacidade 4 (quatro) vezes superior ao que exige a norma NBR 10157', cita a nota.
A empresa alega que já havia divulgado no dia 29 de abril que ocorreu um temporal de intensidade nunca antes registrado na região de Barcarena e que essa foi a única causa do transbordamento momentâneo de um dos canais de drenagem. Ou seja, em nenhum momento houve rompimento de barragem; a água da chuva acabou carreando resíduos de bauxita para o rio Murucupi, sem causar danos. 
'É importante destacar que o laudo do Instituto Evandro Chagas confirmou as declarações dadas pela Alunorte de que a alteração do pH no rio Murucupi não ultrapassou os limites estabelecidos pela Resolução 357/05 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente). Além disso, o laudo não conclui que os peixes encontrados mortos no rio foram em decorrência do transbordamento do canal de drenagem da Alunorte, tampouco por contaminação por soda cáustica, e nem que o transbordo momentâneo do canal de drenagem tenha provocado impacto à saúde das comunidades ribeirinhas', diz.

De acordo com a Alunorte, a lama vermelha é residuo do beneficiamento da bauxita e não faz parte do processo para beneficiar o mineral, conforme informou a Policia Civil. Além disso, segundo a empresa, na sua composição não há arsênio.


PORTAL ORM
Rogério Almeida
91 8819 5172
http://rogerioalmeidafuro.blogspot.com/

Monday 1 June 2009

Corretora Ativa acende luz amarela sobre exportações de minério da Vale

Fonte: Uol/Reuters


RIO DE JANEIRO (Reuters) - A corretora Ativa considerou negativas as últimas informações sobre exportações de minério de ferro do Brasil em maio, segundo dados preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que apontam uma queda brusca até a última semana do mês passado.
Até o dia 24 de maio, a média diária de exportações estava em torno de 39,8 milhões de dólares, indicando queda de 46 por cento sobre a média diária do mês anterior, informou a Ativa, ressaltando que esse valor envolve outros metais mas o minério representa cerca de 95 por cento das vendas externas."Assim, se a tendência de vendas externas se confirmar até o final de maio, possivelmente veremos uma queda brusca nas exportações de minério de ferro da Vale esse mês, reacendendo dúvidas sobre a recuperação da demanda chinesa", afirmou a corretora em um relatório.
Na avaliação da Ativa, essa queda brusca na compra do minério brasileiro pode fazer parte de uma estratégia da China, maior cliente individual da Vale e único país onde estava sendo verificado aumento de importações, para conseguir melhores preços nas negociações."
Como estratégia de pressão sobre as mineradoras, os chineses teriam interrompido as compras para barganhar um percentual de queda nos preços de minério maior que o negociado até então com seus vizinhos", explicou a Ativa em nota.
Até o momento apenas a Rio Tinto fechou ajuste no preço para os contratos de longo prazo desse ano, com queda de 33 por cento para o minério de ferro e de 44 por cento para pelotas. A China recusou os índices reivindicando reduções maiores, de 50 por cento para o minério de ferro, mesmo desconto que está sendo registrado pelo mercado à vista na China, segundo analistas.
A Ativa disse ainda que existe a hipótese, menos considerada pela corretora, da demanda da China não estar tão aquecida como verificado nos primeiros meses do ano, o que poderia indicar "um colapso das importações de minério de ferro por alguns meses", avaliou.

Moradores revelam os riscos de vida na linha férrea da Vale

Fonte: Zill - O Portal do Maranhao

Moradores que residem nos povoados próximos à Estrada de Ferro Carajás estão revoltados com os problemas de tráfego. Já faz três anos que a Vale prometeu a construção de passarelas nas proximidades dos povoados, para diminuir os problemas de tráfego nas localidades. Mas, construção que é bom...
Segundo os populares, nenhuma obra nesse sentido foi realizada e a única saída será mover uma ação judicial, pois essa será a única solução para que a empresa possa construir a passarela. “A vale vive ‘pregando’ sobre a questão da segurança nos trilhos, mas esquece que sem as passarelas para o trafego de pessoas, muitos moradores correm o risco de vida”, explicou a domestica Maria José.