Thursday, 24 September 2009

Câmara Municipal de Canaã dos Carajás revoga Lei que anteciparia pagamento de royalties

Durante uma semana, a cidade de Canaã dos Carajás foi movida por manifestos gerados pela Associação Comercial Indústrial e Agropastoril de Canãa (Aciacca), populares e demais associações em repressão ao projeto de Lei 212/09. O mesmo foi aprovado unânime pela Câmara em primeiro de julho deste, no intuito de autorizar a antecipação de royalties para os cofres públicos da prefeitura, fechando até o período de 2012.

Com o objetivo de atrair mais membros em favor da causa, na última quarta-feira (2), uma carreata foi mobilizada por bairros e ruas da cidade com finalização na Praça Central, onde ali, foi realizado pela diretoria da Aciacca e 40% dos comerciantes do município um manifesto com sorteio de prêmios para os presentes que concorreram com cartela gratuita, financiada pelo grupo gestor do movimento.

A entidade representante do comércio local, Aciacca, chamou em reunião todos os vereadores solicitando auxílio no pedido de anulação da lei, visto que a cidade encontra-se em um caos financeiro e sem perspectivas para o comércio local. Além desta ação, foi dada entrada na Comarca de Canaã pedido de urgência na revogação da Lei 212. O que os direcionadores do manifesto alegam é que esta Lei só viria piorar o município, dizendo que o projeto venderia o imposto sob a exploração mineral de Canaã com 15 milhões de juros a mais. Segundo Antônio Luiz de Gomes de Jesus, vice-presidente da Aciacca, 71 milhões de reais entraria até 2012 em Canaã de royalties e no adiantamento entraria 56 milhões que, de acordo com ele, a taxa de juros da instituição financeira seria 15 milhões, que segundo ele ficaria perdido em vez de realizar obras.

Os vereadores Tatiane Oliveira da Silva Gaspar (PMDB), Mário Alves da Silva Pentiado (PV), Edelson Oliveira de Sousa (PSDB), Ronilton Aridal da Silva “Grilo’ (PPS) e João Nunes Rodrigues (PMDB) não demonstraram mais favoráveis a lei aprovada por eles, dando entrada assim com pedido à presidência da casa, para a anulação da Lei 212, alegando ter sido votada em regime de urgência para o executivo. Segundo Walter Diniz, o líder de governo, nesta última quinta-feira (3), na sessão da Câmara que por sinal se encontrava lotada por manifestantes, o governo teve a intenção de motivar os ânimos canaenses, onde através do adiantamento dos royalties realizaria bastante obras e não deixaria o município sem circular dinheiro, evitando assim o desemprego em massa e a parada do comércio. Walter mostrou interesse na revogação, pois o mesmo declarou que a vontade do povo é vontade do governo.

Com o plenário composto de pessoas exaltadas temendo a não revogação da lei, na oportunidade foi solicitado a presença de reforço policial no sentido de promover a segurança dos vereadores e manifestantes. A sessão foi procedida dentro da pauta do dia,na apreciação do projeto de Lei 16/09, de autoria do executivo, pedindo a revogação da Lei 212/09, onde os vereadores que manifestaram-se favoráveis foram Mário Pentiado, Tatiane Oliveira, Edelson Oliveira, Ronilton Aridal “Grilo’, Cleves Augusto, João Nunes e o presidente da casa, Omilton Ricardo (PP), que mostrou-se favorável ao exercício da democracia em Canaã. “Mantendo a ordem podemos chegar as soluções que o povo quer”, disse o presidente.

O vice presidente do Partido Popular Socialista (PPS),Agnaldo Pereira teve a oportunidade no grande expediente e disse que aderiu ao movimento no intuito de fortalecimento do comércio local, pois é comerciante e sabe da real realidade de Canaã. “Não tenho pretensões políticas nenhuma. Tenho vontade de ver este comércio local fortalecer novamente e isso depende do Executivo, Legislativo e de todos nós”, disse Agnaldo Pereira.
Não houve tempo para o Governo Municipal prestar mais esclarecimentos, devido o fechamento desta edição ser na mesma quinta- feira da sessão. Na próxima edição prestaremos mais esclarecimentos, através da assessoria do Executivo. (Marcyne Paula)

Fonte: www.carajasojornal.com.br

CPT denuncia danos ambientais da Vale no Pará

Apropriação ilegal de terra pública cedida pelo Getat a famílias assentadas, com reserva de domínio; desrespeito ao Código de Mineração por ignorar totalmente o direito de participação dos proprietários dos imóveis onde se instalou o projeto de mineração da empresa; nenhuma indenização paga aos assentados dos PAs Carajás I, II e III pela ocupação dos terrenos e/ou pelos danos e prejuízos causados desde o início das pesquisas até a presente data; crimes ambientais, com a poluição das grotas e igarapés, e morte de animais provavelmente provocada pelo consumo da água contaminada. E, por fim, danos ao patrimônio público e de particulares com a interrupção de estradas, demolição de todas as benfeitorias que existiam nos lotes (casas, cercas, plantações inteiras), bens estes edificados com recursos públicos.
Estes são alguns dos crimes elencados e denunciados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará - Fetagri Regional Sudeste - à Procuradoria da República em Marabá em representação apresentada contra a Companhia Vale do Rio Doce no último dia 10 de setembro.

No início da década de 1980, diz a representação, o Getat (sucedido pelo Incra) arrecadou e matriculou, em nome da União, as glebas: Buriti, Taboca e Verde, com área de 79 mil hectares. Essas áreas foram transformadas nos Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária Carajás II e III, com capacidade de assentamento para 1.551 famílias.

Para a implantação dos PA's, o Incra investiu milhões de reais na abertura das estradas vicinais, estruturação de três Centros de Desenvolvimento Regional (Cedere I, II e III), além de escolas, centros comunitários etc., para receber as famílias.

Nos anos de 1986 e 1987, a Companhia Vale do Rio Doce, através de empresas terceirizadas (Geosol, Geopesquisas, Geoservice, entre outras), iniciou pesquisas na área do Assentamento Carajás II, visando iniciar o Projeto de Mineração do Sossego para extração de cobre. Os trabalhadores assentados relatam que à época os danos causados nos lotes devido às escavações feitas pelas empresas e que a Vale não teria agido como manda o Código de Mineração. Além do Sossego, a Vale adotou o mesmo procedimento na implantação do projeto de mineração Onça Puma, no município de Ourilândia do Norte.

Os assentados nos PA's Carajás I, II e III, diz a representação, têm sido unânimes em denunciar os danos causados pelo Projeto Sossego em relação à estrutura e organização dos assentamentos, bem como às famílias que estão em lotes localizados às proximidades da mina. Afirmam que ao comprar os lotes dos assentados a Vale inviabilizou o transporte em algumas estradas vicinais construídas pelo Incra. A saída de dezenas de famílias acabou desestabilizando algumas vilas ou coletivo de famílias, fazendo com que as famílias restantes ficassem isoladas, inviabilizando o acesso delas às políticas públicas, como a eletrificação rural, escola, etc.

Caso ilustrativo seria o de Vila Serra Dourada, às margens da Vicinal 40. Como a Vale comprou os lotes dos assentados de um lado e outro da estrada, as famílias que residiam à margem e viviam de pequeno garimpo próximo e do trabalho na terra ficaram totalmente abandonadas e cercadas por arame farpado. “Quando ingressam na área da Vale para colher palha, lenha, etc., são ameaçados e reprimidos pelos seguranças da empresa.”

A saída de dezenas de famílias impactou a organização interna do assentamento, a produção dos assentados, e agravou o processo de endividamento da associação e dos assentados perante o Banco da Amazônia em relação ao crédito FNO (coletivo e individual). A Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Serra Dourada, que reúne agricultores de um dos núcleos do Assentamento, que antes da implantação do projeto Sossego tinha 67 sócios, hoje conta com apenas 46 sócios. Por tudo isso, a associação não tem conseguido quitar suas dívidas junto ao Basa, correndo sério risco de os agricultores ficarem inadimplentes e com isso, impedidos de terem acesso a outras linhas de crédito para financiamento da produção.

Meses atrás, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canaã dos Carajás e a Associação dos Assentados denunciaram ao MPF que durante as chuvas de março deste ano, o alagamento dos lotes de vários assentados, que fazem fundo com o rio Parauapebas em frente à mina. A inundação, relataram os moradores, chegou um nível nunca atingido durante os 25 anos que as famílias residem no assentamento. Todos atribuem a enchente ao represamento do Parauapebas em conseqüência do acúmulo de sobras de terra (“bota fora”) depositadas pela Vale junto ao leito do rio.

Os moradores da Vila Boa Jesus, a poucos km da mina, onde residem dezenas de moradores e cerca de 600 estudantes freqüentam diariamente as aulas, também denunciam os danos provocados pela Vale: a poeira do tráfego dos carros da empresa; poluição sonora em razão de ruídos provocados, principalmente à noite no interior da mina; impactos dos explosivos e o uso de produtos químicos na mina prejudicam moradores e interferem na reprodução dos animais. Ademais, os assentados são impedidos de utilizar o rio Parauapebas e quando são apanhados pelos guardas da Vale na margem do rio, do lado das terras da empresa, são ameaçados e levados presos para a Delegacia de Polícia Civil de Canaã dos Carajás, dizem a CPT e a Fetagri.

Por tudo isso, eles pedem ao Ministério Público Federal que instaure procedimento apuratório “a fim de que seja instaurado o competente procedimento para apurar os fatos aqui apresentados, bem como que sejam adotadas todas as medidas coercitivas que se mostrarem bastantes e necessárias para coibir os crimes e irregularidades que forem apuradas, com vistas a se responsabilizar a Representada naquilo que couber.”

Tuesday, 22 September 2009

Documentário: Trabalhadores da Vale em Defesa do Emprego

Este blog recomenda o documentário "Trabalhadores da Vale em Defesa do Emprego", de aproximadamente 50 minutos, recém produzido pelo Sindicato Metabase de Congonhas e Mariana, Minas Gerais. Para assistir a cada uma das suas cinco partes, basta clicar abaixo.


Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Monday, 21 September 2009

African Trade Unions Tell Global Mining Giant Vale: Improve Your Labor Practices or Stay Out of Africa!

Source: United Steelworkers


African trade unions affiliated with the International Federation of Chemical, Energy, Mine and General Workers’ Unions (ICEM), meeting last week in Lagos Nigeria, passed a unanimous resolution criticizing Brazilian-based global mining giant, Vale, for its “anti-worker, anti-union practices” and will be calling on their governments to stop Vale from developing mines and exporting these practices to their countries.

Rayford Mbulu, Chair of the Sub-Sahara African Regional Organization (SSARO) of the ICEM, and president of the Mineworkers Union of Zambia, said “the time has come to challenge these global mining giants, and Vale will be a test case for us.” The trade unions will be contacting their respective governments about not granting permits to Vale and its partners for exploration and mine development.

Vale forced a strike in mid-July by 3,500 miners and smelter workers in Canada who are members of the United Steelworkers (USW) by demanding unnecessary cuts in pensions and other areas. The company, which earned billions of profit from its Canadian operations over the last decade, has announced it will use replacement workers to break the strike.

The African unions are also protesting Vale’s practices in Brazil where the company routinely terminates workers without cause, denies workers the right to union representation, and forces workers to sign individual contracts to circumvent collective bargaining agreements.

“We don’t want Vale to come here and export its anti-union practices to our countries,” said Mbulu. “So either Vale improves its labor practices or stays out of Africa.”

“Vale’s strategy is to gut its best collective bargaining agreements and to set a precedent for deep cuts in wages, pensions and worker rights worldwide,” said Ken Neumann, Canadian National Director for the USW. “Vale will use the savings extracted from workers to finance the company’s ambitious plans for expansion and its campaign to weaken trade unions throughout the world.”

Vale has opened offices in South Africa and the Democratic Republic of Congo and recently signed an agreement with South African-based African Rainbow Minerals Limited to conduct exploration and participate in joint ventures. It is targeting numerous Africa countries for expansion.

Vale earned $13.2 billion in net profit in 2008 and paid its six top executives $33 million in 2008 compensation.

The USW is working with trade unions in Europe, Asia and South America and with the ICEM and the International Metal Workers Federation, which together represent over 45 million workers, in a widening campaign.


Contact: Bob Gallagher, USW (Canada), 416-544-5966 / 416-434-2221 /

Joseph Drexler, ICEM (Geneva), +41 (0) 22 304 1845 or +41 79 734 8993

Friday, 18 September 2009

Vale convida Lula para inauguração de usina

Por Vera Saavedra Durão
Valor Econômico - 18/09/2009

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi convidado pelo presidente da Vale, Roger Agnelli, para a inauguração de Vargem Grande, a 10ª pelotizadora da companhia, com capacidade de produção de 7 milhões de toneladas anuais, localizada próxima ao município de Nova Lima, em Minas Gerais. O investimento total é de R$ 2,3 bilhões.

Apesar das queixas que tem feito da Vale, o presidente Lula deverá cortar a fita de Vargem Grande. A cerimônia deve contar ainda com a presença do governador mineiro Aécio Neves. A expectativa de fontes do setor de mineração é que Agnelli e Lula "fumem o cachimbo da Paz" em Nova Lima no tocante a questão dos investimentos da companhia.

A entrada em operação da unidade de Vargem Grande acontece num momento de recuperação do mercado de minério e pelotas, com a Europa e o Japão voltando ao mercado. No primeiro semestre a Vale produziu e vendeu 7,5 milhões de toneladas do produto, ante 23,7 milhões de toneladas no mesmo período de 2008. Das suas 10 unidades, incluindo Vargem Grande, que estava em processo de rump-up, apenas três delas - Tubarão I e II e Nibrasco, todas em Tubarão (ES) - estavam em atividade.

Das sete usinas de pelotas da Vale e seus sócios japoneses localizadas em Tubarão (ES), seis já voltaram a operar. Estão paradas a pelotizadora de São Luís, no Maranhão, e a Kobrasco (ES). A Vale tem uma capacidade de produção de 65 milhões de toneladas de pelotas anuais, que com as 7 milhões de toneladas da nova unidade totalizam 72 milhões de toneladas.

Os sinais de retomada de produção que a companhia vem emitindo, inclusive anunciando reabertura de minas como a de Água Limpa, em Minas Gerais, ainda não chegaram aos trabalhadores, conforme apurou o Valor. Paulo Soares, presidente do sindicato Metabase de Itabira, disse que "a Vale não nos devolveu ainda os empregos que nos foram tirados no auge da crise". Segundo ele, Itabira teve 3,5 mil demitidos da Vale, sendo a maioria de terceirizados, que ainda não voltaram a trabalhar. Os 1,3 mil demitidos reconhecidos oficialmente pela empresa também permanecem fora da companhia.

Soares disse que os trabalhadores estão acompanhando "as pressões" que Lula vem fazendo sobre a Vale para ela investir em siderurgia e dar emprego". Segundo ele, "é óbvio para quem quiser ver que a companhia, segunda maior mineradora do mundo, tem crédito externo e interno e muito dinheiro em caixa e não precisa demitir empregado". O sindicalista anunciou que os mineiros da Vale estão se preparando para negociar um acordo coletivo com a empresa. "Já encaminhamos uma pauta de reivindicações para abrir negociação com a direção da companhia a partir do dia 20. Entramos em data-base em novembro e vamos defender nossos direitos. A crise não é mais desculpa para demissão."

Tories are selling out Canada


by Tom Ford
Winnipeg Free Press


SUDBURY, Ont. -- The federal Conservatives like to say they're "standing up for Canada." A visit to this troubled city indicates just how specious that slogan is.

The Conservatives were supine in October 2006 when Brazil-based Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) bought Inco Ltd., an iconic Canadian mining company, for $19 billion.

The mine's workers, members of the United Steelworkers, went on strike in mid-July and are now in a bare-knuckle fight with CVRD. The Brazilians say they will use their non-unionized staff to restart some of their operations. If they do, says Wayne Fraser, Ontario director for the Steelworkers, they will start a war.

The Inco takeover angered even some Bay St. veterans. Donald Coxe, an expert in commodities, is one. Coxe doesn't have a nationalistic bone in his body, but the takeover made him angry because Sudbury cannot be replaced. God is not making any more nickel mines.

Michael Atkins, resident of the Laurentian Media Group, says Prime Minister Stephen Harper's government at the time felt "there was going to be no buyer, there were going to be no jobs, there weren't going to be any capital investments, there was going to be no employer." Industry Minister Tony Clement says "that was the Valley of Death that Sudbury faced."

Atkins says Clement now feels his statement was "bone-headed." Too late. Inco is now in the hands of Brazilians who don't understand our corporate values. Its threat to bring in replacement workers is a move few Canadian companies would take.

Sadly, the strike has little to do with Sudbury's mining operations. The Steelworkers' Fraser says the Ontario operations (including a refinery at Port Colborne, also on strike) earned $2 million in 2009's first quarter and $4.2 billion over the past two-and-one-half years. Roger Agrelli, CVRD's chief executive officer, says Sudbury is "not sustainable" and wants to abolish a bonus plan based on the price of nickel, and defined benefit pensions for new employees.

For the most part, though, the strike is really a power struggle between two giants with international agendas.

In March, CVRD said it would cut 423 Canadian jobs; then it announced it would halt mining and processing nickel at Sudbury during June and July to reduce the impact of the global recession. Clement initially demanded to know why CVRD was violating its Investment Canada Act commitments, but later withdrew his complaints.

In addition to the Ontario operations, CVRD's Canadian holdings include a nickel-cobalt-copper mine in Voisey's Bay, N.L., and three nickel mines, a mill, a smelter and a refinery in Thompson, Man.

Sudbury is not Clement's only problem with foreign ownership. He recently took the unprecedented step of hauling U.S. Steel into the Federal Court of Canada for not living up to the job and production commitments it made when it bought Hamilton's Stelco Inc. in 2007.

Bill Ferguson, president of the Steelworkers' Lake Erie Works local, says U.S. Steel seems to be giving priority to its American operations as the demand for steel increases. "That's the reality, I guess, of being a branch plant to a large American corporation," he told The Globe and Mail.

Sault St. Marie, Ont.'s Algoma Steel was bought by India's Essar Group in April 2007 for about $1.85 billion. Ian Kersley, of the Steelworkers' Union which represents some of Algoma's employees, said three union representatives on Essar Algoma's board of directors, recently resigned because they "were getting no information at the board level. Decisions were getting made offshore."

Many countries are not nearly as open as Canada to foreign takeovers. Brazil owns a share of CVRD that prevents any foreign takeover. It also feels free to boss the company around. Last month, it ordered CVRD to start an expensive exploration program in Brazil because it didn't like importing potash from -- you guessed it -- Canada.

Canada should welcome foreign investment, but there's a line between that and allowing foreign investors to walk all over us. New rules, proposed by Industry Canada in July, were supposed to clarify whether a corporate sale threatened national security.

Unfortunately, says an article in Canadian Business magazine, the proposal made foreign acquisition rules muddier.

Liberal Leader Michael Ignatieff saw some of the issues first-hand last week when he met with his caucus in Sudbury.

"We welcome inward investment," he told a news conference. "But we don't want inward investment at the price of Canadian workers, jobs and at the price of Canadian technologies."

In other words, we need a government that stands up for Canada.


Tom Ford is managing editor of The Issues Network.

Republished from the Winnipeg Free Press print edition September 8, 2009 A14

Thursday, 17 September 2009

Down in the Vale: Sudbury Steelworkers Strike at Vale Inco


Source: Socialist Project * E-Bulletin No. 253
September 13, 2009

by Petra Veltri



For a valley so used to being torn up, spit out, and poisoned daily, everything is eerily quiet in and around Sudbury, Ontario these days. Beginning June 1st with a Vale Inco plant shutdown, that was then followed by a strike on July 13 when 3300 members of United Steelworkers of Canada (USW) Local 6500 rejected the concessionary demands of the Brazilian multinational subsidiary, the mines, smelter, mill, and refinery, and 'superstack' have all been closed. In addition, many mining supply and service companies are temporarily shuttered, idling thousands more usually employed in spin-off businesses.

It's quiet in Port Colborne, Ontario and Voisey's Bay, Newfoundland too. Both towns are also affected by strikes at Vale facilities - a refinery operation in Port Colborne, and a mine and nickel
concentrator facility in Voisey's Bay. This has put a further 600 USW workers on the picket line.

In Sudbury - as in other resource and manufacturing-based communities across Canada - the impact of the current global financial crisis is clear. People are out of work, and businesses are closing their doors. But in Sudbury, the effects can also be seen in the geography. There are no more holes being drilled. Nor are rock tailings being spread ever further across hundreds of kilometres of wasteland. There are also no nightly fiery pores of molten rock, lighting the evening
sky.

USW on strike

Instead, most of the trains moving south out of Sudbury are running empty. Bars are quiet. Businesses are struggling. Even the ubiquitous, massive plume of sulphur dioxide and carcinogenic metals from the smelter on the edge of town has stopped.

It's an abrupt turn around - even for a century-old mining town like Sudbury well-versed in the economic dynamics of 'boom and bust.' Over the past two years, Vale a Brazilian, global conglomerate made more than $4-billion in profit ripping and crushing some 500 million
tonnes of rock into 170,000 tons of nickel metal. Millions of dollars more were made by local businesses supplying equipment, maintenance, and upgrades.

Nickel bonuses - once used to placate underpaid unionised workers - suddenly paid off 'big' - averaging as much or more than the Canadian full-time median income of $41,000 - as nickel prices rose three-fold to over $25 dollars a pound. Miners became six-figure earners and
bought new houses, cars, trucks, and boats.

Now things are so quiet in the valley even Red Admiral and Painted Lady butterflies have returned. It's not only in Sudbury that the 'butterfly effect' is being felt - but worldwide. The recent collapse of credit-default swaps and bogus collateralised debt obligations hasled to an economic downturn that has caused a global flurry of job losses and layoffs.

The Economic Crisis and Unions

Because of the global financial crisis, the demand for minerals and natural resources has fallen. Raw-material prices have collapsed, and companies like Vale - which only six months ago were awash in billions of dollars in profit, are using the current downturn as a pretext to cut costs and jobs, and restructure collective agreements.

Businesses - that were supposed to be chastened and more 'socially responsible' in the wake of capitalism's worst crisis since the depression - are suddenly seeing share prices rise, and are trying harder than ever to lower wages, cut benefits, and reduce their unionized workforces. Across North America, manufacturing companies under bankruptcy protection or facing debt default and governmentpressure to restructure, laid-off some 1.2 million workers between March 2008 and March 2009.

In the last fifteen months, more than seven million people in North America have been shown the door by employers. Already as a share of the workforce, more jobs have been lost in this recession than in any since 1957.

Labour unions have responded - some with a good deal of resistance. More Canadian unions are striking in the attempt to halt concessions. As Statistics Canada recently noted some 271,370 eight-hour work days were lost every month to work stoppages in the first quarter of 2009.
This is almost double the 137,780 work days lost in the first quarter of 2008, before the recession started.[1] In France, plant occupations have become the norm in firms about to close.

But the big question is: is this union effort enough? Because despite the efforts of workers, there is little evidence that the strike action and plant occupations have been anything more than 'pissing in the wind.'

Workers may have enough moxie to go on strike during this recession, knowing that they are by no means the cause of the recent financial crisis. They may also have the courage - as in Sudbury - to simply walk away from the bargaining table when faced with major concessions to wages and benefits they have worked lifetimes to secure. But the eerie quiet in Sudbury, and the government support of business using billions in public money while telling workers to 'tighten their belts,' suggests the balance of power has shifted considerably.

Trade unions are now routinely vilified as 'greedy' for asking to retain wages, sick days, and pensions. And in the context of a recession caused by corrupt practices in financial markets, a rather strange scenario has unfolded - unionised workers rather than investment bankers are objects of resentment. Now after a few short months, those who run the financial system are apparently little humbled. Claiming that the recession is 'over,' they are already chafing at 'government interference,' and talking about the need to cut social programme spending to reduce the deficit that the financial sector bailouts racked up.

With both the government and corporate deck stacked against them, workers are on the losing end - in terms of wages, jobs, benefits, and public support. Among many trade unionists and union leadership, there is a sense of tiredness - a sense that there is little fight left, no new strategies to put in play so workers can stand up and make the world a better place for all.

Outside of France, where 'bossnapping' and threats to blowup plants have become common tactics by workers facing shutdowns and job loss, the types of strikes and the kinds of mobilizing unions have undertaken can at best be described as underwhelming. As a consequence, there's more to the eerie quiet in Sudbury than closed mines and smelters. As in much of the rest of the world, there is also a sense that an era is over, that capital is winning hands down, and that organized labour had better get used to the idea.

Shock and Ore

Today, mining is a really big, really global business. In Northern Ontario, estimates peg the primary mining and metallurgical industryemploying some 20,000 people and contributing some $9.4-billion inGDP annually to the Canadian economy. This growth has been largely fuelled by China's and India's rapid industrialisation and their voracious appetite for metals. With the boom in China and Asia, which absorbed raw materials and pumped out finished products in everything from appliances to vehicles, the prices of most base metals soared to record peaks.

Iron ore - used in steel production - doubled in price to $186 dollars a tonne 2002-2008.

Nickel - a key component in stainless steel and the primary ore in the Sudbury basin - more than tripled from $7 to $25 dollars a pound.

The result was that mining companies achieved enormous profits and boasted gigantic valuations and subsequently underwent a series of outsized mergers and acquisitions over the past few years. Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) (ie 'Sweet Valley' or Vale for short) is one such firm. Vale entered into Canada in 2007, when it agreed to buy Inco Ltd. for $20-billion and establish an independent subsidiary, called 'Vale Inco' which is now the world's second-biggest nickel producer. This was at the same time that other giant foreign multinationals were taking advantage of cheap financing to swallow up Canadian companies like Dofasco and Alcan.

Xstrata - a Swiss-based takeover firm founded in 1999 - also joined in the buying spree. On a $30-billion acquisition binge that added copper production in Chile, nickel mines in Canada, coal in Australia and platinum in South Africa, Xstrata snapped up Falconbridge (headquartered in Sudbury as well) for $17-billion. But Vale - a massive industrial conglomerate - is a bit more complex than the usual mining giant. Vale/CVRD is actually a new corporate breed emerging out of the global South.

It operates in numerous countries around the world in a wide variety of forms, from direct ownership to joint ventures to setting up independent subsidiaries. Involved in everything from mining to railways, shipping to steel making, pulp and paper to reforestation and road building, the Brazilian corporation's goal is diversification. The more commodities it churns out, the less its
profits depend on the price of each one. The more able it is to control internal costs throughout its operations, the more its competitors will have to pay for ore and steel.

This has allowed Vale's mother company to expand operations all along the production mining-steelmaking-transport chain. Through these joint ventures, Vale has ensured profits by processing and transporting ores produced by other companies. Such strategies have paid off big for Vale and its subsidiaries. Vale Inco operations alone (some 10-20 percent of overall Vale/CVRD global operations), show that gross operating revenues achieved a historic high of $38.509-billion (U.S.) in 2008, up 16.3% from the $33-billion (U.S.) reached in 2007.

But the economics of mining changed with the financial crisis and the credit crunch that began last fall. Prices plunged as the world economy slumped and China's red-hot growth cooled off. As prices fell, steelmakers cut production, affecting the amount of ore and processed metals they bought from the mining conglomerates.

Industry leaders such as ArcelorMittal, along with Chinese and Russian steelmakers, enacted production cuts of 10-15 percent or more. Consequently, in late May during the annual negotiations to fix a benchmark price for iron ore, the three biggest producers (Rio, BHP and Vale) had to take a price cut of 33 percent from Japan's steelmakers, and Chinese producers are currently pressing for a 45 percent reduction in price. This after Vale had earlier offered atemporary 20 percent discount on 2008 prices.

Share prices have plunged too, so that net debt is well above firms' market capitalisations. Borrowing levels that seemed manageable in the boom now look high. As a consequence, even companies with comparatively low debt - like Vale, Anglo American, and BHP Billiton (an Australian mining giant which pulled out of a takeover of Rio, citing its debt) - have changed tactics. Now they are looking at aggressive cost cutting, by closing mines, putting off new capital projects, and in Vale's case, attempting to lower unionized labour costs.

Over the past year, the mining industry has cut capacity remarkably quickly by idling mines and factories while mothballing others. Global capital expenditure is down by $15-billion or more. Such cuts will provide large enough savings to cashflows that they are likely to provide companies with the time to cover 18-24 months of interest costs. Most companies have sliced their capital budgets by between one-third and one-half.

Already this year, both Xstrata and Vale Inco announced mine closures in the Sudbury basin, and delayed their expansion plans. Vale Inco also went on an eight-week shutdown prior to the strike to cut production. Around the world, other mining companies are doing the same, with the expectation that production cuts will limit supply and inevitably push up prices in the short to medium-term.

Companies are also 'pruning' their workforces. Vale Inco reacted to the decline in nickel prices by cutting 900 jobs at its global nickel operations including 423 in Canada, and 261 of them in Sudbury.

The final means for reducing costs has been to squeeze workers and rework miners' collective agreements. For Vale Inco this meant demands for several major concessions from the Sudbury, Port Colborne, and Voisey's Bay workers. These concessions included: no increase in wages, though a cost-of-living clause was continued; a sharp reduction in the miner's nickel bonus to 15 percent of the employee's base pay (a bonus which was previously not capped); and a switch in the company's pension plan from defined benefit to defined contribution.[2] For workers, the net cost of these concessions would be tens of thousands of dollars in lost income and a far less secure and far smaller pension.

Wait and See

The USW Canada has wisely responded to these concessionary demands with ''No,' we'll go on strike, and wait it out.' The thinking was that as nickel inventories go lower and the price goes up, Vale Inco will soon realize that the costs of waiting far outweigh any of the benefits the company might receive from making the union local give in. The Steelworkers' political response has been to highlight - through their political ally the NDP (New Democratic Party) - that Vale reneged on agreements made in 2007 with Ottawa under the Investment Canada Act to maintain job and production targets. It has claimed that Vale Inco has cut jobs earlier than agreed to, closed operations and put workers on strike to save on costs.

This has led to a heated public battle with Conservative Federal Industry Canada Minister Tony Clement. Despite the clear 'strings attached' under the 2007 agreement, Clement publicly backed Vale claiming that the company saved Sudbury from becoming a "Valley of Death," and is doing more for jobs and investment in Northern Ontario than any other company. But whether either strategy is adequate remains an open question.

The USW was strategic enough to ensure that three of its Canadian collective agreements with Vale Inco all expired this summer, giving them leverage for their 'wait it out' strategy and the opportunity to bargain jointly on a common agreement. They have also recently signed a Solidarity Agreement with Brazil's largest industrial union CUT, showing that unions can cooperate internationally to protect wages and working conditions.

Nonetheless, the past record of the USW (in the USA and Canada) in protecting jobs or wages is hardly auspicious of future success.

Over the past thirty years, in the steel industry, a sector that went through numerous restructurings, bankruptcies, and closures, the steelworkers sought to protect job security through consistent and patterned wage reductions in the 1980s and 1990s. However, while productivity increased, and by early 2000 profits improved, steel manufacturing experienced record job loss.

More recently, in the United States, the USW has pressed for 'international champions' to takeover failing plants, and then sought partnership agreements that typically traded wage and benefit concessions for job security. They have also sought to have U.S. governments uphold tariffs on steel imports from China and Western Europe, claiming 'illegal' dumping of low-priced products was responsible for the multiple bankruptcies in the U.S. steel industry. But the results have often been poor.

Tariff restrictions were quickly lifted. While new conglomerates failed to maintain employment and new investment, and union cooperation with management has only meant more contracting out, the speedup of work, job-loading, and more overtime for a few.

Added to these problems is the very limited public profile of both the USW and its political protector, the NDP. Outside of Sudbury, few have even heard of the strike. By today's standards, and in comparison to the extraordinary well-resourced corporate communication campaigns, the NDP and the USW's communication efforts and public advocacy campaign seem wholly inadequate, gaining little traction and support for their issues in the court of public opinion.

There are also problems with the USW community strategies. Traditionally, the Steelworkers and its affiliates are 'top-down' organizations, with modest member mobilizing, and little communityorganizing. It is only now nine weeks into the strike - and followinga two-month shutdown - that the Sudbury Steelworkers local with help from their international office, has begun to organize community committees and consider how to mobilize wider community and labour movement support.

The lack of a public/community mobilizing strategy has put the local well behind the 'organizational eight-ball' - a serious disadvantage in a strike that all observers predicted will be a long one. On top of this, the loss of USW 6500 hall in a fire last fall has created logistical issues for the local, such as where to conduct meetings, and headquarter the strike. Unlike the long and hard strike of the USWA against Inco in 1978-1979, there are few steelworkers actively working in the strike, and even fewer working in the community.

Conclusion

For a long time, the main criticisms of economic globalization were that it allowed companies to offshore jobs or to pick up and leave to more 'business-friendly' countries if taxes and labour costs were too high. But the negative consequences of globalization have been much more than this. As the recent economic crisis and strike at Vale Inco well demonstrates, financial globalization has given investment banks and money traders the ability to make billions of dollars in stock and bond markets, and then get away with trillions more in public money to uphold bank and private-sector bailouts.

Financial deregulation and trade liberalization have also given multinational conglomerates (MNC) like Vale increased control over whole production sectors through the opportunity to buy out other businesses, restructure operations, and seek to lower labour costs by cutting good jobs and rewriting collective agreements along more favourable corporate lines.

Moreover, globalization has also meant more competitive pressures for companies and countries to do more of the same. Growing financial pressures from stocks and debt ensure that companies revamp their operations along more short-term 'shareholder' lines, maximizing finance and lowering labour costs, while diversifying and decentralizing operations.

Corporate success in enacting these strategies only feeds into a vicious cycle of intensifying competition which in turn compels further rounds of restructuring and further attacks on workers.

Sadly, with the economic deck stacked against them, unions have been largely unable to put up much of a fight to stop these trends. In Sudbury, this same 'ever-weaker David and ever-more-powerful Goliath' scenario is now being played out. Regrettably, Vale Inco is in the 'driver's seat.'

Vale has deep pockets, and due to competition and huge market capitalization pressures, it is intent on lowering costs to boost returns and share prices. It has Federal government support too, and is looking to show even better profitability and more capital investment. The strike has cut into profits. But it has also allowed Vale to sit on ever more valuable inventories of ore. Low interest rates have allowed Vale to wait before swallowing up other companies in financial difficulty at a discount.

If it wins major concessions from the USW Local 6500, it will have more cash-flow to grow and restructure elsewhere. Like many MNCs in the world today, Vale has cash and a plan to succeed.

Strikes as at Vale Inco and the recent Canadian Union of Public Employees (CUPE) municipal disputes in Toronto and Windsor are a glimmer of the resistance that's needed to expose the power multinationals and governments hold in the global economy. But strikes alone are not enough to counter the power of global firms and capitalist pressures. Substantive government policy shifts are needed to affect meaningful change. So too is a new political momentum and
far better political strategies from within the labour movement

As the strike at Vale Inco has made it so painfully clear, we have a long way to go before the policy changes that will benefit workers are on the horizon. Sadly, the quiet we are experiencing in Sudbury seems only an ominous sign of more problems to come. *

Petra Veltri writes regularly on labour issues from Winnipeg.

Footnotes

1. Kristine Owram, "Strikes rise despite recession," Toronto Star, July 15, 2009.

2. For the Steelworkers analysis of the collective agreement see, www.fairdealnow.ca

Tuesday, 15 September 2009

Lula dá sinal verde a negociação de ações da Vale com Eike

Folha de São Paulo, 13/09/2010

Empresário mais rico do país mira parcela da mineradora que hoje pertence aos fundos de pensão e ao BNDESpar


Bilionário também fez proposta ao Bradesco, que considerou baixo o valor oferecido pelas ações da gigante da mineração

KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O empresário Eike Batista negocia com fundos de pensão de estatais e com o BNDESPar a compra de parte das ações dessas instituições na Vale. Segundo a Folha apurou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinal verde para que as negociações prossigam.

Mais: nas tratativas, o empresário está disposto a firmar um arranjo contratual pelo qual, caso queira vender futuramente sua parte na Vale, deve dar preferência aos fundos e aos BNDESPar. Como segunda opção, a venda só poderia ser feita para um grupo nacional. Essas condições agradam ao presidente, caso o negócio venha mesmo a se concretizar.

Lula teme que, feito um negócio dessa dimensão, o comprador possa, no futuro, vender sua parte a um grupo internacional. Eike se dispõe a aceitar essas condições como forma de demonstrar que não se trata de aventura, mas de um interesse de entrar e ficar na Vale. Homem mais rico do Brasil, segundo a lista da revista americana "Forbes", Eike tem negócios em mineração, petróleo, geração de energia e logística (porto e estaleiro).

As conversas de Eike com os fundos e o BNDESPar começaram simultaneamente à negociação do empresário com o Bradesco, que também detém fatia da Vale. O BNDESPar é o braço do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que participa como sócio de empresas.

A Vale é controlada pela Valepar, que tem 53% do capital votante da companhia. Na Valepar, o consórcio de fundos de pensão, cujo mais forte é a Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), detém 49% das ações. A BNDESPar tem 11,5%. O Bradesco, 21%. E o grupo japonês Mitsui, 18%. Os outros fundos que têm participação na Vale são Petros (Petrobras) e Funcesp (Cesp).

Hoje, um arranjo de acionistas permite que o Bradesco indique o presidente da Vale.

A depender de quanto Eike comprar -se vier mesmo a comprar-, ele poderia ser uma opção de gestor na hipótese de um novo acordo de acionistas assim determinar.

Apesar de ter selado a paz com Roger Agnelli, presidente da Vale, Lula ficou insatisfeito com a condução do executivo durante a fase aguda da crise financeira global.

Lula se queixou reservada e publicamente da Vale e de Agnelli. O presidente reclamou do corte de US$ 3 bilhões em investimentos e de demissões de mais de mil funcionários sem aviso ao governo.

Para ele, a Vale passou um sinal ruim, uma expectativa negativa, numa hora em que o governo se esforçava para evitar um colapso econômico.

Eike e Bradesco

Segundo a Folha apurou, o Bradesco considerou baixa a recente proposta de Eike pela parte do banco na Vale. A avaliação do Bradesco é que o momento é bom para comprar, mas não para vender.

Ou seja, avalia que a melhora do cenário econômico doméstico ainda está em andamento e que as suas participações em empresas tenderão a se valorizar nos próximos meses. Mais: o banco está com grande liquidez. Trocando em miúdos, tem o caixa cheio.

A venda da participação na Vale, segundo a cúpula do Bradesco, seria justificável apenas para realizar uma grande compra de um banco a fim de fortalecer o seu negócio principal.

Como há dificuldade para uma operação desse tipo no atual mercado bancário brasileiro, o Bradesco preferiu recusar o primeiro lance oficial de Eike, como revelado por reportagem da Folha.

Alguns ministros, como Dilma Rousseff (Casa Civil) e Guido Mantega (Fazenda), veem com simpatia a investida de Eike para entrar na Vale. Apesar disso, o governo não pretende jogar seu peso político para obrigar o Bradesco a vender sua participação na empresa.

Nas palavras de um ministro, seria uma briga que não valeria a pena comprar, apesar de toda a insatisfação de Lula com a gestão de Agnelli durante a fase mais crítica da crise internacional. Lula jogou pesado, chegando a insinuar nos bastidores que poderia usar a força do governo com os fundos de pensão e o BNDES para tirar o Bradesco do comando da empresa.

Apesar da reaproximação entre Lula e Agnelli, que se encontraram recentemente em Brasília, ministros continuam a dizer que a Vale errou durante a crise e perdeu pontos com o governo.
Enquanto isso, Eike disse a Lula e à ministra Dilma que tem interesse em dar à Vale uma gestão mais estratégica. Leia-se: maior foco em desenvolver a indústria que gira em torno do minério. Atualmente, o foco da Vale é a exportação de commodities.

Saturday, 12 September 2009

Compra de ativos da Rio Tinto pela Vale é aprovada

RIO - O Conselho de Defesa Nacional (CDN) aprovou a aquisição, pela Vale, das operações de minério de ferro de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, que pertenciam à anglo-australiana Rio Tinto. A conclusão da operação ainda depende de certas condições que deverão se cumpridas pelas duas empresas.

O acordo entre as duas empresas foi anunciado em 30 de janeiro deste ano e engloba: a mina de minério de ferro em Corumbá e as operações logísticas fluviais; o projeto de potássio denominado Potasio Rio Colorado, na Argentina; e os ativos de exploração Regina, no Canadá. O total do acordo foi de US$ 1,6 bilhão, mas a parte aprovada hoje pelo CDN diz respeito às minas e aos ativos fluviais de Corumbá, negociados por US$ 750 milhões. A aquisição dos ativos de potássio já foi concluída.

"Corumbá, que produziu 2,0 milhões de toneladas métricas de minério de ferro em 2008, é um ativo de classe mundial, com alto teor de ferro e rico em granulados de redução direta, tipo de minério de ferro de alto valor que está se tornando crescentemente escasso no mundo", diz a nota divulgada pela Vale.

A mineradora brasileira acrescentou que Corumbá fica perto das operações de minério de ferro e manganês que a companhia mantém em Urucum, com potencial para exploração de "várias sinergias, envolvendo maior flexibilidade dos ativos, redução de custos administrativos e de logística e racionalização do uso das reservas".

Já a Rio Tinto, também em nota, lembrou que nos últimos 18 meses anunciou vendas de ativos no valor total de US$ 6,6 bilhões incluindo a transação envolvendo Corumbá e os ativos de potássio. Além disso, recebeu uma oferta firme da Amcor no valor total de US$ 2,025 bilhões pelas divisões globais de farmacêutica, tabaco e alimentícia localizadas na Europa e na Ásia da Alcan Packaging.

No ano passado, a Rio Tinto anunciou os desinvestimentos na mina Greens Creek no Alasca por US$ 750 milhões, na operação de Cortez em Nevada por US$ 1,695 bilhão e no projeto de urânio Kintyre no oeste da Austrália por US$ 495 milhões. As transações já anunciadas durante o ano de 2009 incluem a venda da participação da Rio Tinto na refinaria de alumínio Ningxia, na China, por US$ 125 milhões, a venda da mina de carvão Jacobs Ranch, nos Estados Unidos, por US$ 761 milhões e da Alcan Packaging Food Americas para a Bemis Inc por US$ 1,2 bilhão.

(Valor Online)

Friday, 11 September 2009

Anglo warns Brazil on proposed iron royalty hike


Source: Reuters

RIO DE JANEIRO, Sept 10 (Reuters) - Brazil would be "shooting itself in the foot" if it went ahead with a proposed hike on iron royalties, the head of a local division of Anglo American said on Thursday.

Brazil's government is studying a possible unspecified increase in iron royalties, currently 2 percent, to boost government income from the mining sector.

Stephan Weber, President of Anglo Ferrous Brazil, said the country's mining business is becoming less competitive because of the heavy burden created by a range of taxes.

"We have to remember that we're competing with the rest of the world," he said. "Royalties are lower in Australia, yes, but there they don't have as many taxes. Brazil is not as competitive these days."

The government of President Luiz Inacio Lula da Silva has said little in recent months about the mining royalties proposal as it focuses on passing proposed oil sector legislation that would hike state control over the industry.

Weber nonetheless said Anglo was interested in expanding operations in Brazil and could boost iron ore output to 80 million tonnes per year by 2015, compared with 26.5 million tonnes estimated for 2012.

Anglo's exports from Brazil are currently focused on the Middle East and Europe, but it could begin to sell to the booming Chinese market as its production grows in the coming years, Weber said.

Brazil's Vale, the world's largest iron producer, in 2008 produced 302 million tonnes of iron ore.

(Reporting by Denise Luna, Writing by Brian Ellsworth; Editing by David Gregorio)

Anglo Ferrous Brazil critica possível aumento de royalties


Fonte: UOL Economia


RIO - O presidente da Anglo Ferrous Brazil, Stephan Weber, criticou a proposta de aumento dos royalties pagos pelo setor de mineração no Brasil. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já afirmou que, depois de fechada a proposta para o marco regulatório do pré-sal, o governo vai se debruçar sobre as participações pagas pelas mineradoras.

Para Weber, a comparação com a Austrália - onde os royalties minerais são mais altos - desconsidera o peso da carga tributária, que é mais elevada no Brasil. Segundo ele, o minério brasileiro já é menos competitivo que o australiano no que diz respeito ao peso dos impostos.

"Acho que é dar um tiro no pé (aumentar os royalties). Temos que tentar informar quais são os riscos. Nossos impostos são altos e isso é um problema de competitividade para o Brasil", disse Weber, que participou de palestra na Câmara Britânica, no Rio de Janeiro.

De acordo com ele, a expectativa da Anglo American - controladora da Anglo Ferrous Brasil - é que os três principais projetos em implantação na América do Sul passem a ser responsáveis, em 2013 ou 2014, por cerca de metade de todo o faturamento da companhia.

Atualmente, a Anglo trabalha para implantar o projeto Minas-Rio, de US$ 3,627 bilhões para produção de até 26,5 milhões de toneladas a partir de 2014. Na área de níquel, pretende iniciar em 2011 a produção em Goiás, no projeto de Barro Alto, orçado em US$ 1,5 bilhão para produção de até 36 mil toneladas métricas por ano.

"Níquel não é o foco da Anglo, mas o custo é tão bom que estamos na fatia de 25% dos projetos de menor custo do mercado", afirmou Weber, lembrando que mundialmente o foco da empresa está no minério de ferro, diamantes, cobre, platina e carvão.

O terceiro projeto de vulto na América do Sul é Los Bronces, para produção de cobre no Chile. Juntos, os três projetos no continente foram os três, de um universo de seis, que foram mantidos mesmo com o agravamento da crise internacional.

(Rafael Rosas | Valor Online)

Pres. Lula says Vale should buy Brazilian ships


BRASILIA, Sept 11 (Reuters) - Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva has called on the country's iron ore miner Vale, the world's largest, to favor local industry in the purchase of large items such as ships to create more jobs in the South American country.

Lula has publicly criticized the firm, one of Brazil's flagship companies, on several occasions in recent weeks. In the past, Lula has called on Vale to establish steel mills to refine the iron ore it mines locally to increase employment for the country's 190 million residents.

"It's impossible that Vale do Rio Doce should continue buying ships in China when we are setting up a naval industry here," Lula said at the christening of a new ship built at a shipyard in Pernambuco in the country's northeast.

Vale last year placed a $1.6 billion order for a dozen of the largest class of ore carriers from a Chinese shipbuilder Jiangsu Rongsheng Heavy Industries Co Ltd. The ships, for delivery in 2011 and 2012, can each hold 400,000 tonnes.

Lula did not explicitly call on Vale to back out of this contract but dismissed the firm's argument Brazil could not provide these ships, saying local shipbuilder Atlantico Sul was now able to make vessels to this specification.

"They said they are ready and made the commitment that next week there would be a meeting between Atlantico Sul, (Vale Chief Executive Officer) Roger Agnelli and the naval industry to find out if it is possible, because I told comrade Roger we need to think about Brazil," Lula said.

Lula is approaching the end of his second mandate and cannot run for a third under constitutional rules. Instead he is focusing on propping up his preferred candidate, chief of staff and fellow Labor Party member, Dilma Rousseff.

Lula will also be under pressure to show he has tried to make good on an election campaign promise to create millions of jobs in the country whose increasing wealth still flows mainly to a small portion of the population.

Local newspapers have been reporting that Lula's government has been pressuring Vale to invest more in Brazilian industries such as steel and may have even tried to thwart Vale's reported bid for fertilizer giant Mosaic.

Vale's position in the past has been that they are not interested in getting into the steel sector where they would essentially be competing with their clients.

(Reporting by Fernando Exman; writing by Peter Murphy; editing by Reese Ewing and Lisa Shumaker)

Lula critica presidente da Vale por comprar navios na China


BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta sexta-feira do presidente da Vale, Roger Agnelli, maiores investimentos da mineradora nas indústrias naval e siderúrgica do Brasil.

Lula aproveitou um evento em Pernambuco, no estaleiro Atlântico Sul, para lembrar que empresas brasileiras de grande porte têm que investir mais no país.

"É impossível a Vale continuar comprando navio na China quando a gente está montando a indústria naval aqui", afirmou Lula a jornalistas.

"Ele disse para mim que a indústria naval brasileira não fabricava navio de 400 (mil) toneladas. Eu agora conversei com o Atlântico Sul. Você vai comprar um pouco mais barato, mas você está gerando emprego na China, gerando pagamento de salário na China. Isso muito importa para o país. Então nós vamos ter que construir no Brasil", completou.

Lula participou nesta sexta-feira --ao lado do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli-- do batimento de quilha do primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), de um total de 49.

O batimento da quilha é uma cerimônia tradicional da indústria naval que simboliza o início da montagem do navio.

No ano passado, a Vale assinou um contrato de 1,6 bilhão de dólares com a chinesa Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries para construção de 12 navios para sua frota própria, com capacidade para 400 mil toneladas cada.

Neste ano, a Vale fez 49 encomendas a estaleiros brasileiros, que incluem 15 rebocadores, 32 barcaças e 2 empurradores.

Lula afirmou ainda que discutiu com Agnelli investimentos em siderurgia. Nesta semana, ele e o presidente da Vale se reuniram para tratar do programa de investimentos da mineradora, após vários comentários públicos de Lula sobre o assunto.

"Nós estamos discutindo há pelos menos uns quatro anos uma siderurgia no Espírito Santo, uma no Ceará, uma no Pará. Eu disse ao Roger que é preciso a gente começar a construir essas siderúrgicas porque era para a gente ter começado a construir no auge da crise", disse ele.

A Vale aumentou recentemente sua participação na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para viabilizar o término do investimento que faz em parceria com a alemã Thyssenkrupp no Rio de Janeiro. Anunciou também que vai começar a construir sozinha uma siderúrgica no Espírito Santo, após a desistência da chinesa Baosteel.

A mineradora deverá tentar atrair sócios depois de obtida a licença ambiental, já que não pretende ter posição majoritária no empreendimento.

(Por Fernando Exman e Camila Moreira)

Agnelli tenta aproximar Vale do governo em visita a Lula

por Claudia Safatle e Paulo de Tarso Lyra
Valor Econômico - 11/09/2009



A reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Vale, Roger Agnelli, terça-feira, serviu para a empresa começar a aparar as enormes arestas criadas junto ao governo, por suas ações consideradas precipitadas durante a crise financeira global e, também, pela resistência da empresa em investir na área siderúrgica, que é uma antiga demanda de Lula.

O relato do encontro, feito por fontes oficiais, é bastante lacônico: a reunião foi boa e o presidente Lula teria ficado satisfeito com as informações repassadas por Agnelli, disse um dos participantes. Essas mesmas fontes negaram que esteja em curso uma ação do governo para substituir Agnelli no comando da Vale e alegaram que, na reunião, não se tratou de questões tipicamente privadas, como a possível venda das ações da Bradespar na Vale para o empresário Eike Batista. Ele teria feito uma de R$ 9 bilhões, que teria sido recusada pelo Bradesco. O comentário de um ministro ao Valor foi de que não caberia ao governo opinar sobre essa negociação. "Também não sei o que mudaria caso Eike conseguisse comprar a parte do Bradesco", disse.

A insatisfação de Lula com a mineradora tem razões diversas. O presidente acha que a empresa não pode só "abrir buracos, extrair o minério de ferro e exportar". Ela deve agregar valor e, para isso, não é de hoje que Lula insiste para que a companhia construa usinas siderúrgicas no Pará, no Espírito Santo, no Ceará e no Rio de Janeiro.

A reação da Vale, de demitir 1,3 mil funcionários em dezembro de 2008, no auge da crise financeira global, foi muito mal vista pelo governo que estava, naquele momento, criando medidas para garantir a atividade industrial e os empregos. Para fontes oficiais, a reação da companhia, que também cancelou investimentos, foi precipitada, desnecessária e o governo tomou conhecimento da notícia pelos jornais. Um ministro, ontem, lembrou que apesar de ser uma empresa privada, a maior parte do capital acionário da Vale está nas mãos de fundos de pensão estatais, com a Previ à frente, e do BNDES. Os demais sócios são o Bradespar e o grupo japonês Mitsui. "O principal acionista da Vale é o governo", sublinhou essa fonte, deixando um alerta: "o Agnelli foi eleito com o voto de todos os sócios e não apenas do Bradesco".

A importação de US$ 350 milhões em bens de capital e a compra de 12 navios graneleiros de US$ 130 milhões cada um, ambos da China, também causou irritação ao Planalto. O presidente Lula tem como política que demandas dessa natureza devem privilegiar primeiramente a indústria nacional. As queixas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval (Sinaval) chegaram à reunião de agosto do Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC), coordenado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A Vale, na ocasião, reagiu às reclamações e disse que o presidente do Sinaval havia recebido propostas da mineradora para a compra de navios construídos no país e nem dera resposta.

O argumento da Vale de que não pode expandir seus negócios no setor de aço para não fazer concorrência com seus próprios clientes, também não conseguiu convencer o governo federal. "Existe uma série de outros mercados nos quais a empresa pode entrar, sem que isto signifique concorrência desleal com seus compradores", defendeu uma outra fonte graduada. Também estavam na reunião de terça-feira o ministro da Fazenda e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Bradesco recusa a proposta de Eike Batista pela Vale


11/09/2009 - 09h19

por SAMANTHA LIMA e TONI SCIARRETTA
Folha OnLine


O Bradesco recusou a proposta do empresário Eike Batista para comprar a Bradespar, controladora da Vale. Conforme revelou a Folha no sábado passado, a proposta havia sido apresentada por Batista a Lázaro Brandão, presidente do conselho de administração do Bradesco, no dia 19 de agosto.

A Bradespar reúne 17% da Valepar, empresa que tem 53% do capital votante da Vale. A Valepar tem como demais sócios a Litel (que reúne as ações dos fundos de pensão Previ, Petros e Funcef), com 58%; o grupo japonês Mitsui, com 15%; e o BNDES, com 9%. Agora, Eike busca um acordo com os fundos de pensão.

A negativa do Bradesco foi transmitida a Eike pelo banqueiro André Esteves, dono do Pactual, no fim de semana. Esteves foi o responsável por articular a aproximação de Eike com Brandão, com quem tem construído uma relação mais próxima nos últimos meses.

Depois de abrir as portas para Eike, o banco soube que o empresário procurou obter apoio do governo para entrar no controle da Vale. Eike buscou saber a opinião do presidente Lula e dos presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Previ, Sérgio Rosa, sobre a negociação.

A aproximação ocorreu no momento em que Lula se mostrava insatisfeito com os rumos da Vale devido às demissões e aos cortes de investimentos por conta da crise.

A Vale é comandada por Roger Agnelli, que ocupa a presidência desde 2001 por indicação do Bradesco. O banco obteve a prerrogativa graças a um acordo costurado com os demais sócios da Valepar. Filho de Eliezer Batista, que presidiu a Vale, Eike criou empresas de mineração, infraestrutura e petróleo que poderiam ter sinergias com a Vale.

Na terça-feira passada, Lula se encontrou com Agnelli, pela segunda vez depois da crise do meio do ano, para conversar sobre a Vale. No encontro anterior, em agosto, conforme revelou a Folha, Lula e Agnelli já tinham selado a paz. Antes do anúncio do fim das negociações, especialistas se dividiam quanto à lógica do Bradesco de vender a Bradespar. Para alguns, o negócio fazia sentido porque permitiria ao Bradesco, hoje quarto banco brasileiro, se capitalizar para voltar a crescer no setor.

O próprio Bradesco, que nunca havia aceitado ouvir qualquer proposta para vender a Bradespar, revelou sua indecisão ao receber Eike. Prevaleceu para o banco, porém, a ideia de que a Vale era um dos ativos de melhor retorno e que vendê-lo poderia se revelar, ao fim, um equívoco.

O Bradesco não quis comentar o assunto

Thursday, 10 September 2009

Governadora do Pará lidera comitiva de cinquenta pessoas em visita à ThyssenKrupp CSA


Fonte: ThyssenKrupp



A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, visitou, no dia 26 de agosto de 2009, o canteiro de obras da ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico acompanhada de uma comitiva de cerca de 50 pessoas entre empresários, autoridades do governo paraense, jornalistas, assessores e executivos da Vale.

O vice-presidente de Finanças da ThyssenKrupp CSA, Rodrigo Tostes, recebeu o grupo e forneceu explicações sobre as principais unidades do futuro maior complexo siderúrgico da América Latina.

“Para mim, esta visita tem um significado muito importante. A partir do que verei aqui, terei uma noção mais detalhada da grandiosidade de um projeto desta grandeza”, explicou a governadora.

O Estado do Pará, localizado na região norte do Brasil, abrigará também um complexo siderúrgico, em Marabá. A Vale é sócia do projeto. O início das obras está previsto para maio de 2010.

O grupo esteve na ThyssenKrupp CSA a convite da Vale, parceira da ThyssenKrupp Steel na ThyssenKrupp CSA

Tuesday, 8 September 2009

Argentina: Rechazo de las comunidades al proyecto de la compania Vale en Mendoza - Potasio Rio Colorado

COMUNICADO DE PRENSA
Mendoza, 20 de agosto de 2009

Las entidades abajo firmantes comunican a la ciudadanía mendocina y argentina su preocupación por la autorización del proyecto minero Potasio Río Colorado, de la empresa brasileña Vale, según Declaración de Impacto Ambiental (DIA) otorgada por las autoridades provinciales el 14 de agosto.

En 2008, en cumplimiento del Decreto 820-06, la Secretaría de Medio Ambiente llamó al Consejo Provincial del Ambiente (órgano asesor del Poder Ejecutivo por ley provincial 5.961) a participar de la Evaluación de Impacto Ambiental del proyecto, invitación que la gestión anterior había omitido cursar. El 22 de diciembre de 2008, el Consejo Provincial del Ambiente emitió su Dictamen Sectorial, concluyendo que:

“El proyecto Potasio Río Colorado implicaría una rápida extracción de recursos de potasio no renovables, y una significativa contribución al agotamiento del gas argentino, para abastecer una demanda externa, sin considerar las necesidades internas a largo plazo, en condiciones que permitirían a Mendoza captar apenas una pequeña parte del valor generado.

Aún en su versión mejorada a partir de la propuesta [de relocalización], el depósito de sal constituiría un enorme pasivo de riesgo, virtualmente a perpetuidad. El análisis de otras alternativas viables para el residuo de sal no ha sido suficientemente profundo ni sometido a dictamen de las entidades de la CEIAM.

Por ello, el dictamen para este proyecto Potasio Río Colorado es negativo.”

El Consejo Provincial del Ambiente reconoce que, con la relocalización de la pila de sal residual (120 millones de toneladas), disminuyó el riesgo de contaminación del río Colorado, aunque sin eliminarlo, y la Declaración de Impacto Ambiental incluye algunas de las recomendaciones efectuadas por dicho Consejo.

Por otro lado, de concretarse el proyecto Potasio Río Colorado, requerirá 1 millón de metros cúbicos de gas por día, tanto como el consumo residencial + comercial + oficial de toda la provincia de Mendoza, o un tercio de las importaciones desde Bolivia. Las reservas probadas de gas en el país alcanzan para sólo 8 años. A corto y largo plazo la escasez e importación de gas, y con ella el costo de la energía para los argentinos, seguirán creciendo. La fuerte contribución de Potasio Río Colorado al agotamiento de nuestro gas acentuaría esa tendencia, perjudicial para los hogares argentinos, las actividades productivas y el desarrollo sustentable.

Si al gas sumamos la electricidad requerida, el consumo energético total de Potasio Río Colorado equivale a la generación de las 4 centrales Nihuiles más Los Reyunos, o al 83 % de Atucha I, o a la electricidad facturada en toda la provincia de Tucumán. Potasio Río Colorado emplearía a 386 personas en Mendoza, pero con la misma cantidad de energía que requeriría esa mina, la industria mendocina hoy da trabajo a 16.100 obreros. El gobierno no ha expresado por qué motivos desechó estas objeciones del Consejo Provincial del Ambiente.

Se han ensalzado los 40 millones de dólares anuales que este proyecto podría dejar al fisco mendocino. Pero ese monto representaría menos de 4% de los más de 1.000 millones de dólares por año que facturaría la mina.

Por todo ello, expresamos nuestro firme rechazo al proyecto, y exhortamos al Secretario de Energía de la Nación a no otorgar los permisos de gas y electricidad requeridos por Potasio Río Colorado.

Saludamos atentamente, y agradecemos su amplia difusión.

AGRUPACIÓN LOS HORNEROS – ASAMBLEA POPULAR POR EL AGUA – CENTRO DE INGENIEROS AGRÓNOMOS DE MENDOZA – CONSEJO DE DESARROLLO SUSTENTABLE – FEDERACIÓN AGRARIA GENERAL ALVEAR – FORO OPINIÓN CIUDADANA – FUNDACIÓN CULLUNCHE – FUNDACIÓN CARLOS PADÍN – MULTISECTORIAL GENERAL ALVEAR – OIKOS RED AMBIENTAL – ORGANIZACIONES SOCIALES AUTOCONVOCADAS – UNION DE TRABADORES RURALES SIN TIERRA

Adjuntamos: Dictamen Sectorial del Consejo Provincial del Ambiente – Informe Final Único de la CEIAM

Para mayor información contactar a:

- Marcelo Giraud (Representante titular del Consejo Provincial del Ambiente ante la Comisión Evaluadora Interdisciplinaria Ambiental Minera): 0261-4441063 / 0261-(15)-5701032 - marcelogiraud@speedy.com.ar
- Eduardo Sosa (OIKOS Red Ambiental): 0261-4257050 / 0261-(15)-4183715 - info@oikosredambiental.org.ar

Thursday, 3 September 2009

Repúdio à criminalização de 11 lideranças comunitárias no Peru

DECLARAÇÃO PÚBLICA

Sexta-Feira, 28 de Agosto de 2009.

Nós, membros das organizações abaixo-assinadas, em luta pela defesa de nossos povos e territórios nos países em que a companhia mineradora VALE vem intervindo de maneira impetuosa, tanto no Perú como no Chile, Guatemala e no Brasil, declaramos nosso repúdio à recente sentença judicial que condenou criminalmente 11 lideranças comunitárias peruanas, perseguidos apenas por expressarem sua opinião em relação aos emprendimentos da transnacional Vale em seus territórios.

Os fatos se remontam ao ano de 2007, quando mais de três mil camponeses marcharam para manifestar seu repúdio às atividades de exploração realizadas pela aludida companhia no Cerro Mogol, Peru.

O povo daquela região demandava que a empresa se retirasse, levando em conta os diversos conflitos que ela já tinha provocado na região do Valle de Condebamba, usurpando ilegalmente propriedades e ameaçando a todos com seguranças privados armados.

Seu ato cidadão e democrático significou aos nossos irmãos peruanos ser processados e perseguidos por defender seus territórios e recursos naturais, constantemente ameaçados pelo modo de agir irresponsável de VALE, comportamento este que se repete em cada um de nossos países onde tal companhia opera.

A recente sentença dada a estes 11 líderes comunitários do Valle de Condebamba, Perú merece nosso repúdio ainda que tenha sido aplicada a pena mínima, a qual não deixa de ser menor, já que os antecedentes dessas pessoas estarão manchados por defender aquilo que há muitas gerações lhes pertence.

Repudiamos energicamente, o fato de que se criminalize a nossa gente somente por manifestar sua opinião com respeito a projetos de mineração, que normalmente geram um impacto negativo nos âmbitos social, econômico, cultural e sobre o meio ambiente.

Solidarizamo-nos com esses 11 líderes injustamente condenados, com suas famílias e respectiva rede de apoio.

Foi uma conquista haver evitado a aplicação de penas mais graves que os levassem diretamente à prisão. Isso se deve sem dúvida à mobilização social de nossos irmãos e irmãs do Peru e o constante apoio e respaldo conferido a seus líderes.

Porém não podemos esquecer e também repudiar o fato de que nossos próprios governos eleitos democraticamente e demais autoridades promovam em nossos países a criminalização dos movimentos sociais, condenando a defesa da vida e de nossa terra, favorecendo a impunidade e o comportamento irresponsável de grandes transnacionais que exploram indiscriminadamente nossos recursos naturais em nome de lucros que raramente são revertidos em benefício de nossos povos.

Lamentavelmente, isso tem se dado em toda nossa América Latina, pelo que este é o momento de refletir e agir em favor daquilo que queremos para o futuro de nossos filhos e territórios.

NUNCA VENCIDOS SEMPRE UNIDOS EM DEFESA DA VIDA


OCMAL - OBSERVATORIO DE CONFLICTOS MINEROS EN AMERICA LATINA

AGRUPACIÓN DE DEFENSA VALLE CHALINGA; PROVINCIA DEL CHOAPA - CHILE

COMITÉ DE DEFENSA VALLE CHUCHIÑI; PROVINCIA DEL CHOAPA - CHILE

OCAS; ORGANIZACIÓN AMBIENTAL DE SALAMANCA; PROVINCIA DEL CHOAPA - CHILE.

CAMPANHA JUSTIÇA NOS TRILHOS - BRASIL

GRUFIDES - PERÚ

ASOCIACIÓN DE AMIGOS DEL LAGO IZABAL - GUATEMALA

RED DE ORGANIZACIONES SOCIALES DE LA PROVINCIA DEL CHOAPA – CHILE



Para leer la versión en español de esta declaración, haz click aquí.