Sunday, 31 May 2009

Trabalhadores cogitam ocupar instalações da Vale em protesto contra demissões em massa e falta de transparência

Fonte: Agência Estado
29 de Maio de 2009

Indignados com o anúncio de novas demissões, sindicalistas ameaçaram hoje ocupar unidades da Vale caso a mineradora promova uma demissão em massa. "Estamos em estado de alerta. Se eles vieram com demissões em massa, vamos fazer algo mais sério do que uma greve. Vamos ocupar as instalações", afirmou Carlos Roberto de Assis, vice-presidente do sindicato Metabase Itabira. Hoje, a Vale confirmou que irá demitir de 250 a 300 empregados. Mas o sindicato informa que o número é bem superior e pode chegar a 850 trabalhadores. A previsão, segundo Assis, foi feita pelo próprio diretor de Recursos Humanos da mineradora, André Teixeira, durante um encontro com funcionários esta semana.
A Vale, porém, não confirma esse número. Desde o agravamento da crise mundial no final do ano passado, a companhia já demitiu 1,3 mil trabalhadores. O presidente do Metabase Itabira, Paulo Soares de Souza, reclama que a Vale mentiu ao garantir em reunião com sindicalistas, no último dia 22, que não pretendia promover novas demissões enquanto a situação econômica não piorasse e ainda garantiu que os 1,3 mil funcionários em licença remunerada seriam reintegrados a partir de junho.
Outro sindicalista, o presidente do Metabase Inconfidente, Valério Vieira dos Santos, também apoia medidas drásticas como a ocupação caso a Vale decida promover demissão em massa para ajustar sua produção ao cenário atual de maior retração econômica. "A Vale não está sendo transparente com seus funcionários", confirmou o vice-presidente do sindicato de Itabira, cidade onde a mineradora foi fundada há 67 anos. Segundo ele, executivos da Vale têm comentado informalmente que o ajuste de pessoal na companhia pode resultar no desligamento de 8 mil trabalhadores, sendo que o número incluiria terceirizados e prestadores de serviço. Segundo ele, vários trabalhadores foram comunicados hoje pela companhia que estarão demitidos a partir de segunda-feira.

Vale

A Vale negou, no início da noite, uma demissão em massa de funcionários como temem os sindicatos. Por meio de sua assessoria de imprensa, a mineradora informou que está dispensando de 250 a 300 trabalhadores, que já estão aposentados ou que estão próximos a aposentadoria. Os funcionários, segundo a companhia, vão receber como gratificação no processo quatro salários e mais seis meses de plano de saúde.

Friday, 29 May 2009

Vale demitirá 300 funcionários que já poderiam se aposentar

A mineradora Vale confirmou que cortará aproximadamente 300 funcionários aposentados ou aposentáveis a partir de junho. As demissões foram confirmadas logo após a companhia anunciar o retorno, na próxima segunda-feira, de 1.300 funcionários que estavam em licença remunerada e garantir que não haveria demissões.

A Vale diz que os funcionários atingidos pelo corte receberão algumas contrapartidas, como mais quatro salários no fundo de pensão da companhia, valor que poderá ser retirado, e assistência médica.

A companhia ressalva que o número de funcionários atingidos pelo corte é pequeno, se comparado aos 47 mil empregados da Vale no Brasil.

O Sindicato Metabase de Itabira e região, em Minas Gerais, afirma não concordar com a medida adotada pela empresa. "Acreditamos que não há a necessidade de mais demissões e nem de tanta redução na produção, pois a Vale é uma das empresas mais rentáveis do mundo", diz Efraim Gomes de Moura, assessor político do sindicato.

A Vale cortou 1.300 funcionários em todo o mundo em dezembro do ano passado. Recentemente, a mineradora anunciou uma redução do seu plano de investimentos para este ano. A previsão inicial era de US$ 14,235 bilhões e foi diminuída para US$ 9,035 bilhões.

Fonte: Agora

Thyssen pede ajuda à Vale para terminar siderúrgica no Rio

Depois dos atrasos e do encarecimento do projeto em 160%, o grupo alemão ThyssenKrupp enfrenta outro revés para concluir a construção da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), no Estado do Rio, em sociedade com a Vale: a falta de dinheiro.

Atingido pela crise, a empresa pede socorro à sócia para concluir as obras. A Vale tem 10% de participação na usina -um projeto de 4,5 bilhões. E estuda ampliar a participação, a pedido dos sócios. A Folha apurou que a ampliação pode chegar a 30%.

O aumento da participação da Vale é parte da estratégia da Thyssen para reduzir o impacto no consumo mundial de aço para os negócios da siderúrgica, disse o presidente mundial da empresa à revista alemã "Manager Magazin".

Com perdas de 215 milhões nos seis meses terminados em março (ante lucro de 1,6 bilhão em igual período do ano anterior), a siderúrgica enfrenta dificuldades com a queda na demanda mundial por aço. "A Thyssen está em um dos piores mercado, o europeu, em que a demanda não dá sinais de reação", diz Antônio Emílio Ruiz, analista do Banco do Brasil.

Embora tenha cortado investimentos, resultado de queda de mais de 30% nas vendas de minério de ferro às siderúrgicas, a Vale está em situação mais confortável.

Anunciada em 2004, a CSA terá capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de placas. O orçamento inicial era de US$ 2,4 bilhões. Com o aquecimento do mercado antes da crise, o custo subiu para 4,5 bilhões. O cronograma previa o início da produção em 2008.

O projeto teve problemas ambientais, trabalhistas e de execução, e atrasou um ano. Devido ao encarecimento do projeto, a Thyssen foi questionada pelos acionistas da empresa, na Alemanha.

Com informações Folha de S. Paulo

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Nota do blog: A crise é sem dúvida uma boa desculpa, mas não se pode esquecer que a resistência das comunidades de atingidos pelo projeto parece também estar fazendo com que os alemães cogitem a hipótese de transferir a encrenca para outras mãos.

Vale poderia comprar MMX de Corumbá

Após a aquisição da Mineração Corumbaense, ativo de minério de ferro da Rio Tinto, por 750 milhões de dólares, a Vale poderia se voltar aos projetos da MMX. Levando em conta o histórico de sucesso de Eike Batista com seus empreendimentos e o foco da EBX em geração de valor, a corretora do Banif coloca um negócio desse tipo como uma das possibilidades.

A equipe acredita que haveria importantes ganhos de sinergias no caso de uma fusão/aquisição entre Vale e MMX Corumbá. Com essa transação, a Vale agregaria mais de 51,7 milhão de toneladas em reservas aos 210 milhões de toneladas adquiridas da Rio Tinto na aquisição da Mineração Corumbaense por 750 milhões de dólares. 

"Estimamos que haverá negócios de fusões/aquisições significativas envolvendo a MMX. E também prevemos uma boa probabilidade de que toda sua estrutura de projetos seja vendida para mineradoras ou siderúrgicas", afirmaram.

A chinesa Wuhan Steel também já se mostrou interessada por projetos da empresa de Eike. As duas já assinaram um memorando de entendimentos para compra de uma participação na MMX Sudeste ou na própria companhia. A oferta para a conclusão do negócio deve ser alta.

Considerando as possibilidades de acordo, a corretora elevou seu preço-alvo estimado às ações da empresa (MMXM3) para o fim de 2009 de 6,00 reais para 7,00 reais, mantendo sua recomendação de compra.

Nesta sessão, o desempenho dos papéis foi de acordo com a perspectiva dos analistas. As ações encerraram o dia com valorização de 1,51%, com cotação de 6,68 reais.

Mais um inquérito foi instaurado contra a TKCSA, desta vez no Ministério Público de Itaguaí-RJ. Com o Nº 002/2009, a investigação é sobre a associação com milícias, e crimes ambientais associando-os a repressão  e perseguição aos pescadores da região.
A procuradora responsável não informou de quem partiu a denúncia, disse apenas que muitas providências estão sendo tomadas para que seja apurado com rigor os fatos.
 
Esse blog e o site Justicanostrilhos vai acompanhar de perto mais este inquérito, esperando que de fato atribua responsabilidades aos graves crimes já cometidos por esta empresa.

Thursday, 28 May 2009

Vale: 1.300 funcionários voltarão ao trabalho

Empregados estavam em licença remunerada desde 2008; 49 deverão ser demitidos 

Os 1.300 trabalhadores da Vale que estavam desde o ano passado em licença remunerada retornam ao trabalho na próxima segunda-feira. Segundo Valério Vieira dos Santos, presidente do Metabase Inconfidentes, sindicato que representa os trabalhadores da Vale nos municípios mineiros de Congonhas e Mariana, desse total, 49 serão demitidos. A Vale confirmou o retorno dos trabalhadores e admitiu que é possível o corte de um pequeno número de pessoas, por baixo desempenho ou porque já haviam pedido desligamento da empresa. Mas não confirma o número de 49 funcionários. 

De acordo com o presidente do Metabase Inconfidentes, 80% dos trabalhadores em licença remunerada são da região de Minas Gerais. Segundo Santos, a Vale garantiu que os empregados serão realocados em outras áreas, já que as minas onde trabalhavam estão fechadas. 

- As minas de Andrade, Água Limpa e Gongo Soco estão fechadas, e a de Brucutu teve a produção reduzida. Na reunião que tivemos com a Vale, eles disseram que não está prevista uma demissão em massa, mas que, se o cenário econômico piorar, há risco de corte de pessoal - acrescentou o sindicalista. 

A Vale informou que não haverá demissão em massa. 

Autor(es): Erica Ribeiro e Ramona Ordoñez
O Globo - 28/05/2009

Wednesday, 27 May 2009

Trabalhadores da Vale em greve no Moçambique

Os trabalhadores que prometem só regressar as suas actividades depois de ver a situação regularizada. 
Pouco mais de mil e duzentos trabalhadores da Oderbrecth consórcio da companhia mineira Vale paralisaram na manhã desta quinta-feira as suas actividades.
Trata-se da segunda paralisação que ocorre em menos de dois meses, à semelhança da primeira onde os mais de mil e duzentos trabalhadores da Oderbrecth consórcio da Vale virada a construção de infra-estruturas daquela companhia mineira exigem da empresa, o reajuste do salário e a melhoria das condições de trabalho.   
Os trabalhadores que prometem só regressar as suas actividades depois de ver a situação regularizada reclamam ainda o direito de gozo de fim-de-semana e a redução da carga horária das actuais nove horas e meia para oito horas diárias tal como vem estipulado na lei de trabalho em vigor no país.
Não foi possível ouvir a direcção da empresa Oderbrecth, entretanto através de um contacto telefónico com o Analista de Comunicação da Vale Victor Nhantitima ficamos a saber que uma delegação de alto nível está desde ontem em Tete na perspectiva de solucionar o problema.
Antes disso, o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Indústria de Construção Civil e Minas reuniu-se com a direcção da empresa e chegaram a um entendimento.
Refira-se que a Vale está implantando o projecto Carvão Moatize que deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2011, sendo que nesta fase de construção prevê-se a contratação de quatro mil trabalhadores.

Por Bernardino Conselho

Fonte: O País online - http://opais.sapo.mz

Tuesday, 26 May 2009

Crise lança dúvida em projeto da Vale defendido por Lula


Queda no preço do aço compromete construção de usina siderúrgica no Pará, anunciada pela companhia em 2008. P
rojeto envolve US$ 3,3 bi em investimentos; para o governo, siderúrgica é importante por agregar valor a ferro extraído no PA


A pisada no freio da Vale em seu plano de investimentos, anunciada na semana passada, aumenta as dúvidas sobre um dos projetos da empresa que mais atraem o interesse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a construção de uma siderúrgica no Pará.

A queda no preço do aço, de 30% desde o início da crise, enterrou as chances de viabilidade econômica da usina, afirmam especialistas.

Se o projeto já tinha uma margem baixa quando o preço do aço estava nas alturas, agora, com o atual valor, deixa de ser viável. E o preço projetado para o futuro também está longe de viabilizar a usina.

A expectativa de analistas é que o preço do aço só se recupere no ano que vem, com alta de 5% - insuficiente para retomar o patamar pré-crise.

Embora a siderúrgica esteja prevista para a vizinhança de uma das melhores reservas de minério de ferro do mundo -Carajás-, o fornecimento de alguns insumos seria complicado pela falta de logística, o que encareceria o aço.

A construção da siderúrgica no Pará havia sido anunciada pelo presidente da companhia, Roger Agnelli, no ano passado.

Os investimentos previstos eram de US$ 3,3 bilhões. Naquele mês de agosto, os preços do minério e do aço eram recordes, e a Vale vinha desenvolvendo uma estratégia de participar de siderúrgicas em parceria com grandes clientes, mas como minoritária.

Para anunciar o projeto do Pará, a Vale, diferentemente do que costumava fazer, não esperou fechar parceria com nenhuma siderúrgica.

Há duas semanas, em reunião com a governadora do Pará, Ana Júlia, e Agnelli, Lula voltou a tocar no assunto siderúrgica. Disse a Agnelli que era “importante agregar valor ao ferro extraído no Estado”.

Questionada sobre o andamento do projeto, a Vale informou que “está mantida a estratégia de longo prazo de atrair novos projetos siderúrgicos para o país para fortalecer o setor siderúrgico nacional e, consequentemente, aumentar a venda de minério de ferro”.

Ronaldo

A Vale veiculou na China, na semana passada, um anúncio com o jogador Ronaldo vestindo a camisa da seleção. As informações são do site britânico SBB (Steel Business Briefing), que cobre siderurgia.

No anúncio, a empresa diz que o Brasil apoiou o desenvolvimento da China nas últimas três décadas. A campanha é classificada pelo SBB como “ofensiva de charme” da Vale.

A campanha também prevê a publicação de anúncio no jornal “Diário do Povo”, descrito pelo SBB como “os olhos e ouvidos do governo chinês”.

O SBB observa que as relações da Vale com as siderúrgicas chinesas se deterioraram desde setembro, quando a mineradora, aproveitando o aquecimento do mercado, tentou arrancar um reajuste de 13% no preço do minério.

A exigência contraria uma prática do setor, segundo a qual o minério só era reajustado uma vez por ano. Em fevereiro de 2008, a Vale já havia reajustado o preço em 65%.

Mas agora, com a crise, a Vale se esforça para segurar o preço do minério. Hoje, vende com desconto de 20%.

“Os chineses querem derrubar em 30%”, diz o analista de mineração Gilberto Cardoso, do Banif Securities.

“A China é nosso maior cliente e, como todas as demais mineradoras globais, temos uma política de posicionamento de imagem naquele mercado”, informou a Vale sobre o anúncio.

(Fonte: Folha de S.Paulo/SAMANTHA LIMA/DA SUCURSAL DO RIO)

Funcionários da Vale no Canadá aprovam indicativo de greve

TORONTO (Reuters) - Funcionários sindicalizados da operação de níquel da Vale em Sudbury, no Canadá, votaram a favor de uma paralisação caso as negociações trabalhistas com a companhia fracassem, disse um porta-voz do sindicato nesta segunda-feira.

"Houve uma votação, e houve 90 por cento a favor de dar permissão para uma greve", disse Bob Gallagher, porta-voz do sindicado United Steelworkers, representante de cerca de 3.500 funcionários das operações de níquel e cobre de Sudbury, em Ontario.

Funcionários aprovaram também a extensão, por uma semana, do atual contrato de trabalho, disse o sindicalista, acrescentando que os dois lados estavam no meio de conversas nesta segunda-feira.

A situação de negociação dos operários, no entanto, não é muito favorável.

A Vale já anunciou que vai paralisar as operações no local durante oito semanas em junho e julho, devido à fraca demanda pelos metais, o que pode reduzir o poder de barganha dos trabalhadores.

A possibilidade de uma greve no local e uma longa interrupção na produção poderia dar um estímulo para os preços do níquel no mercado internacional, já que causaria a redução nos estoques.

A Vale, que assumiu as operações em 2006 ao comprar a canadense Inco, também negocia com os funcionários da mina Voisey's Bay na província de Newfoundland e Labrador.

Funcionários têm trabalhado sem um novo contrato desde que o acordo anterior expirou, em 31 de março

Tuesday, 19 May 2009

Demora de licenças ambientais leva Vale a reduzir investimentos no país

Presidente da empresa também cita desvalorização do real ante o dólar

 

SÃO PAULO. A dificuldade para a aprovação de novas licenças ambientais, além da desvalorização do real frente ao dólar, deve reduzir os investimentos programados pela Vale para este ano. Foi o que afirmou ontem em São Paulo o presidente da companhia, Roger Agnelli. Segundo ele, os US$ 14 bilhões orçados inicialmente pela companhia representam hoje entre US$ 10,5 bilhões e US$ 11 bilhões, por causa da desvalorização do real (que barateou o custo nominal, em reais, dos projetos no Brasil).

 

No caso dos projetos que dependem de licença ambiental, Agnelli disse que a empresa vai ver o que é factível para 2009.

 

— Se não sair licenciamento, que depende dos órgãos competentes, nem todos os projetos serão implementados — disse o empresário. — Realizar isso (de US$ 10,5 bilhões a US$ 11 bilhões) vai ser muito difícil em razão do processo de licenças, que está moroso.

 

Agnelli disse ainda que espera fechar nas próximas semanas um acordo entre a empresa e as siderúrgicas sobre o preço de venda do minério de ferro.

 

— (A demora na definição) já começa a incomodar a todos, principalmente as siderúrgicas, que querem fechar contratos de longo prazo com seus clientes.

 

Ele disse ainda que aguarda o resultado das negociações das australianas Rio Tinto e BHP Billiton — concorrentes diretas no mercado externo — com seus clientes.


Fonte: O Globo, 19.05.09

Monday, 18 May 2009

Vale obtém Licença Prévia do Píer IV


Construção do píer vai gerar mais de dois mil empregos e R$ 124 milhões em arrecadação .

A Vale obteve a Licença Prévia (LP) para a implantação do Píer IV, que faz parte do projeto de ampliação da capacidade de embarque do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luis (MA), em 100 milhões de toneladas anuais, a partir de 2014. A previsão de início das obras é o segundo semestre de 2009, após recebimento da Licença de Instalação (LI). O investimento da empresa na ampliação da capacidade do Terminal será de R$ 2 bilhões, contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico da região e do país.

A LP foi concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e, nos próximos dias, a Vale irá submeter ao Estado os documentos necessários para a obtenção da LI. As obras só podem ter início após a concessão dessa licença.

A construção do Píer IV irá gerar cerca de 2,5 mil empregos no pico das obras. A mão-de-obra necessária para sua implantação será de responsabilidade da empresa contratada para a realização dos serviços, que utilizará preferencialmente trabalhadores da região. O prazo final para o término das obras é em 2014, no entanto, no segundo semestre de 2012 um berço do Píer IV já entrará em operação.

Com profundidade mínima de 25 metros, o Píer IV terá dois berços de atracação e capacidade para receber navios de até 400 mil toneladas de porte bruto (TPB). Com uma ponte de acesso de 1.620 metros, terá capacidade de carregamento de dois navios simultaneamente num total de 53 navios por mês.

O projeto de construção do Píer IV comprova que o Maranhão é um estado nacionalmente reconhecido por sua localização geográfica privilegiada e vocação natural para a implantação de novas unidades portuárias. A estimativa de arrecadação de impostos para o Estado é de R$ 124 milhões.

Ponta da Madeira - O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira é o segundo maior em movimentação no país. Considerado um dos maiores portos do mundo, possui capacidade de embarque de 130 milhões de toneladas por ano de minérios, ferro gusa e soja.

Nele há três píeres com profundidades de 23m (píer I - o que o coloca entre os portos de maior profundidade do mundo), 18m (píer II) e 21m (píer III) e seis silos de estocagem de grãos com capacidade estática de 165 mil toneladas e recebe navios graneleiros de até 420 mil TPB, como o Berge Stahl, o maior graneleiro do mundo atualmente. Este navio só atraca e carrega com capacidade plena em São Luís, no Maranhão e em Roterdã, na Holanda.

Dados do Píer IV: . Previsão de inicio das obras: segundo semestre de 2009, após recebimento da licença de instalação | . Incremento na capacidade de embarque: 100 milhões de tonelada/ano | . Profundidade mínima: 25 metros | . Ponte de acesso: 1.620 metros | . Capacidade para carregar dois navios simultaneamente | . Dois conjuntos de carregadores de navios: com capacidade para 16 mil ton/hora, cada | . Capacidade para receber navios de 150 mil até a 400 mil toneladas para porte bruto | . Contratação de mão-de-obra durante implantação:2.556 trabalhadores no pico das obras | . Prioridade de contratação de trabalhadores locais | . Capacitação dos trabalhadores.

Friday, 15 May 2009

Documental: Bajo Suelos Ricos (Under Rich Earth)

Proibido el ingreso de companias mineras
Las tierras no se vende
Las tierras se defiende





Para asistir el trailer, haz click aqui.


Sinopsis

¿Qué pasa cuando una compañía minera virtualmente desconocida recauda millones de dólares en Toronto para financiar un proyecto en Ecuador, el cual campesinos locales están determinados a frenar? ¿Hasta dónde irá la compañía para imponer su visión de progreso y obtener ganancias? Bajo Suelos Ricos cuenta la historia de un extraordinario choque entre familias campesinas y la poderosa industria minera global. En un remoto valle en Ecuador, campesinos se enfrentan con la posibilidad de serán forzados a dejar sus tierras fértiles para abrir camino a un proyecto minero. Determinados a defender la tierra que ha sido colonizada por sus abuelos, ellos se unen y arriesgan sus vidas para detener la compañía minera. Su resistencia los lleva a un histórico enfrentamiento con un bando de paramilitares armados y escondidos en el bosque nublado. Apasionado y provocativo, Bajo Suelos Ricos trae las voces críticas de las personas cuyas comunidades estándivididas por fuerzas globales.


Synopsis


Under Rich Earth is a story about ordinary people with extraordinary courage. In a remote mountain valley in Ecuador, coffee and sugarcane farmers face the dismal prospect of being forced off their land to make way for a mining project. Unprotected by the police and ignored by their government, they prepare to face down the invaders on their own. Their resistance ultimately leads to a remarkable and dangerous stand off between farmers and a band of armed paramilitaries deep in the cloud forest. In a world dominated by news of massacres and terrorism, Under Rich Earth offers a surprising and poignant tale of hope and determination.


Director y Productor: Malcolm Rogge (Canada)
Compania mineradora: Copper MesaMining (ex-Ascendant Copper Corporation) (Canada)
Afectados: Comunidad de Junin, Intag (Ecuador)


Para informaciones sobre el proceso judicial movido ante la justicia de Canada, contra la Bolsa de Valores de Toronto (TSX), por haber provido ayuda financiera a Copper Mesa, donde existía un riesgo previsible de que los fondos serían utilizados para violar derechos de personas en Ecuador, haz click aqui .




Thursday, 14 May 2009

Banks gear up for iron ore trading

Three of the biggest banks in commodities plan to launch trading in iron ore, a further signal of the rapid growth of the mineral’s derivatives market amid disarray in the annual price negotiations. The move by Morgan Stanley, Goldman Sachs and Barclays Capital into cash-settled iron ore swaps comes as mining executives acknowledge openly that the traditional system of annual talks – known as the benchmark – to settle prices for the input to steel is breaking down.

The secretive negotiations are between Vale of Brazil, Rio Tinto and BHP Billiton and the steelmakers, led by Baosteel and the China Iron and Steel Association.

Traders said spot prices – physical and paper – could gain further importance if miners and steelmakers fail to reach an agreement for the 2009-10 prices, after missing an April 1 deadline. They said the possibility of a failure was growing.

The likelihood of a structural change to price iron ore sales based on spot prices rather than annual settlements comes a year after the launch of the first cash-settled ore swap by Credit Suisse and Deutsche Bank.

Among the banks, Morgan Stanley said it had started trading iron ore.
Barclays said it was “considering entering into the iron ore market in response to” its customers’ needs while bankers said Goldman Sachs was looking into ore, but added that its plans appeared less defined.
Goldman declined to comment.

Espen Aaboe, managing director of freight at Morgan Stanley in London, said that as the spot market for iron ore has evolved, Morgan has concluded that there are “opportunities” for both the bank and its clients. “It is clear that the benchmark system is undergoing change and that the long-term trend may be evolving towards a spot pricing market,”
he told the Financial Times.

Bankers and traders said Morgan was better positioned than others to profit from iron ore trading because of the linkages with its strong freight business.

The spot physical ore market last year saw transactions worth about 180m tonnes, up 50 per cent from 2007, and accounting for about a fifth of the total seaborne ore market, according to BHP Billiton.
Traders estimate about 18m tonnes of iron ore was traded on the derivatives, or paper, market in the past 12 months and say volumes could hit 30m-40m tonnes by the end of the year.

The paper market has been boosted after LCH.Clearnet, Europe’s largest independent clearing house, and Singapore Exchange announced that they would clear the swaps. The move is important because until now, buyers and sellers of the private, bilateral over the counter swaps bore the risk of their counterparties defaulting, deterring some potential
participants. Now that concern has been salved.

Ian Ashby, head of iron ore at BHP Billiton, said the market was following a natural evolution. He told an industry conference last week in Sydney: “Not only is iron ore now traded daily on the physical market, but also every day iron ore paper contracts are traded.”

Copyright The Financial Times Limited 2009
www.ft.com/cms/s/0/0445a55c-3e55-11de-9a6c-00144feabdc0.html

By Javier Blas, Commodities Correspondent

Published: May 11 2009 22:34 | Last updated: May 11 2009 22:34

Wednesday, 13 May 2009

Relatorio confirma que acidente ambiental em Barcarena causou alterações fisicas e quimicas no rio Murucupi


Fonte: Diário do Pará


Um relatório divulgado ontem pela Seção de Meio Ambiente (Samam) do Instituto Evandro Chagas (IEC) revela que o escoamento de efluentes da lama vermelha, liberados pelo transbordamento da bacia de rejeitos da Alunorte, no município de Barcarena, provocou alterações físicas e químicas nas águas do rio Murucupi. O acidente ocorreu no dia 28 de abril e desde então vem sendo objeto de estudo conduzido por uma equipe do IEC.

Essas alterações, conforme destaca o relatório, ocasionaram impactos ambientais com consequentes situações de risco para a saúde das populações, através do contato primário com águas de elevado pH, e provocaram também modificações na estrutura das comunidades bióticas da área atingida.

O relatório sustenta que, após o acidente, do qual resultou o escoamento dos resíduos de lama vermelha no rio Murucupi, as comunidades fitoplanctônicas e zooplanctônicas apresentaram significativa redução de riqueza, densidade e diversidade. O documento ressalva, porém, que entre os dias de amostragem não foram observadas diferenças com relação à concentração de cianotoxinas.

A equipe de pesquisadores observa que a instalação da bacia de resíduos do processo de beneficiamento de bauxita próximo às nascentes do rio Murucupi representa uma situação de risco para os ecossistemas aquáticos e para a saúde da população ribeirinha que vive às margens do rio.

Em suas considerações finais, o relatório assinala que ainda estão sendo processadas análises químicas nas amostras de sedimentos colhidas antes e durante o acidente ambiental. Os resultados estarão prontos dentro de três semanas, aproximadamente. Nos próximos trinta dias, a Seção de Meio Ambiente do IEC continuará fazendo amostragens no Murucupi, objetivando estudos de autodepuração que irão delinear o tempo necessário para a recuperação total do rio. A reportagem tentou contato com a assessoria da Alunorte, mas não obteve sucesso.

Tuesday, 12 May 2009

Organizaciones canadienses exponen impactos de minería en su país / Canadian organizations outline mining impacts in their country


Servindi, 11 de mayo, 2009.- Diversas organizaciones de Canadá aseguraron que la actividad minera en su país viola los derechos de los pueblos indígenas y desmintieron la posición del presidente ecuatoriano, Rafael Correa, quien viene impulsando "el modelo canadiense".

"El gobierno ecuatoriano trata de justificar el desarrollo minero en el país con el argumento de que esa actividad será social y ambientalmente responsable, poniendo como ejemplo la minería en Canadá", expresaron las organizaciones.

Durante una reunión informativa las organizaciones Forest People Programme, Ardoch Lake Alogonquin, First Nation y Nak'azdli First Nation expusieron la amenaza que representa esta iniciativa del mandatario ecuatoriano.

"En Canadá, la explotación minera también genera graves niveles de contaminación ambiental y viola los derechos de los pueblos indígenas y de comunidades locales, impactando de manera irreversible en los ecosistemas", manifestaron.

Se estima que la industria minera de Canadá genera un millón de toneladas de desechos rocosos y 950 mil toneladas de otros desechos por día, con un total de 650 millones de toneladas de desechos producidos anualmente.

De la misma manera, la Confederación de Nacionalidades Indígenas del Ecuador (CONAIE), la Red Jurídica para la Defensa de la Amazonía, la Fundación Pachamama y la organización Acción Ecológica señalaron que "diversas naciones indígenas en Canadá resisten a la actividad minera en sus tierras debido al grave daño ambiental que generan".

Cabe mencionar que días atrás el presidente ecuatoriano anunció que representantes de pueblos indígenas de Canadá llegarán en junio para explicar los beneficios de la minería desarrollada con técnicas que minimizan el impacto ambiental.

"Canadá tiene, tal vez, la mejor minería del mundo. Queremos que vengan inversiones mineras canadienses con altísimos estándares ambientales", manifestó.

"Los indígenas en Canadá se han beneficiado grandemente con la minería una delegación nos explicará cómo se desarrolla la minería allí", agregó el mandatario.

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Ecuador: Canadian organizations outline mining impacts in their country

Servindi, May 11, 2009 .- Different Canadian organizations affirmed that mining activity in their country violates the rights of indigenous peoples and contradicted the position of Ecuadorian president Rafael Correa, who has been promoting the "Canadian model".

"The Ecuadorian government seeks to justify mine development on the grounds that such activity will be socially and environmentally responsible, using the example of mining in Canada," expressed the organizations.

During a briefing, the Forest Peoples Program, Ardoch Lake Alogonquin First Nation, and Nak'azdli First Nation representatives described the threat posed by this initiative of the Ecuadorian president."

In Canada, mining also leads to serious levels of environmental pollution and violates the rights of indigenous peoples and local communities, creating an irreversible impact on ecosystems," they said.

It is estimated that Canada's mining industry generates one million tons of waste rock and 950,000 tons of other waste per day, totaling 650 million tons of waste produced annually.

In the same vein, the Confederation of Indigenous Nationalities of Ecuador (CONAIE), the Legal Network for the Defence of the Amazon, the Pachamama Fundation, and Ecological Action noted that, "Various indigenous nations in Canada are resisting mining activities on their land due to the severe environmental damage they generate."

It should be mentioned that some days ago the Ecuadorian president announced that indigenous representatives from Canada will arrive in June to explain the benefits of mining development using techniques that minimize environmental impact."

Canada has perhaps the world's best mining. We want Canadian mining investments come with the highest environmental standards," he said.

"Indigenous people in Canada have benefited greatly from mining; a delegation will explain how mining is developed there," the president added.

Monday, 11 May 2009

Destruição da Vale em Salobo, Tucumâ, Canaã (PA)

No dia cinco de maio, depois de seis anos, tive a oportunidade de voltar ao projeto Salobo, numa comitiva formada por membros do Conselho Consultivo da Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri. Confesso que fiquei muito surpreso nem só pela confirmação de enormes crateras que a Vale já abriu com a extração do minério de ferro, como pela confirmação do grande desastre que será feito com a extração de cobre do projeto Salobo.

Para quem só assiste as propagandas da empresa, através dos canais de televisão e as reportagens nos jornais de que a mesma investiu milhões em programas sociais e ambientais, e quando visita a Serra dos Carajás só ver o parque zoobotânico, não pode compreender o desastre que é a realidade dos seus projetos de extração e transformação mineral nesta região.

Na verdade são enormes máquinas em atividade dia e noite, com um batalhão de pessoas que imbuídas da idéia de que estão trabalhando para o progresso do país e pela defesa de sua sobrevivência se dedicam a estes projetos de destruição e desagregação. As matas estão sendo devoradas para construção de estradas, passagem de linhas de transmissão, a extração mineral e implantação das usinas de transformação.

Os igarapés estão sendo interrompidos pela construção de barragens para capitação de água e para contenção de rejeitos, os vales estão transformando-se em serras de pilhas de rejeitos tóxicos, as populações estão sendo expulsas de suas localidades ameaçadas pela poluição das águas, pela deterioração de suas casas, pela perca da capacidade de reprodução de seus animais e, pela ocupação de seus territórios feita pela Vale.

Desde fevereiro de 2008 que estamos acompanhando o drama e a desagregação que vive as mais de 400 famílias de agricultores dos projetos de assentamento Tucumã e Campos Altos, nos municípios de Ourilândia do Norte e são Félix do Xingu, onde a Vale se implanta para extração e transformação de níquel, mas não é só lá.

Voltando do Salobo resolvi estender minha visita à outra região de destruição e desagregação provocada pela mineração, também sob a direção, dominação e opressão da Vale, desta vez fui para Canaã dos Carajás, onde a empresa faz a extração do minério de cobre e o transforma em concentrado.

No dia seis, próximo à vila Bom Jesus, e da estrada que dá acesso à mina do Sossego, em Canaã dos Carajás, participei de uma reunião entre famílias atingidas pelos danos causados pelas atividades minerarias e, um batalhão de funcionários da Vale. As famílias reclamavam da enchente que inundou e destruiu plantações, de casas deterioradas por tremores de dinamites usadas na mina, odor das fumaça das dinamites, stress em galinhas e vacas com perdas de capacidade reprodutiva.

Um dos funcionários da Vale, por nome Guilherme, usando imagens da área de abrangência da mina, projetadas na parede da casa, tentava de todas as formas explicar de que as atividades da empresa nada tinha a ver com a enchente, por outro lado as pessoas que se manifestavam tentavam explicar o contrário.

O falação das pessoas do local se baseava no argumento de que residem na área desde 1983, conhecem toda a região, e que nunca havia ocorrido uma cheia do tamanho deste ano para chegar até dois metros de altura do nível do piso das casas, como no caso da dona Maria, onde ocorreu a reunião.

O ridículo e contraditório dos representantes da empresa e positivo dos moradores é que os primeiros passaram quase duas horas falando dos altos índices pluviométricos que aconteceram durante o mês de abril, para justificar a cheia. Quando já cansados de tanta balela, um senhor levantou-se e disse: “sim doutor nós concordamos com os números que o senhor falou, só que a enchente de que estamos falando se deu entre os dias 10 até 15 de março”.

Para finalizar, os agricultores propuseram formar uma comissão representada pelas partes para andarem em toda a área atingida para identificarem os diques e as pilhas de rejeitos existentes, que na compreensão dos agricultores impossibilitam a passagem das água. Como os representantes da empresa não aceitaram a proposta, a reunião foi encerrada sem acordo, a empresa está com a razão, as famílias continuam no prejuízo e nós continuamos tentando esclarecer que nós estamos sendo roubados, enganados e desconsiderados.

Marabá, 11 de maio de 2009.

Raimundo Gomes da Cruz Neto

rgc.neto@yahoo.com.br

Thursday, 7 May 2009

Documental de 23 minutos sobre posibilidades de resistencia a la mineración en América Latina

America Latina: Riqueza Privada, Pobreza Publica. Estrategias frente al modelo dominante de extraccion de recursos naturales

El aumento en los precios de oro y otros minerales de extracción, han facilitado una nueva ola de expansión minera en los países del sur, especialmente en América Latina. En esta región, el modelo de desarrollo dominante permite que Empresas Transnacionales maximizen sus ganancias sin considerar los terribles efectos en la salud, condiciones de vida y medio ambiente de las comunidades donde operan.

Este documental es resultado del proceso de sistematización de experiencias sobre las estrategias alternativas frente al modelo dominante de extracción de recursos naturales realizado por organizaciones copartes de CIDSE, red internacional de agencias católicas de cooperación (www.cidse.org), en siete países latinoamericanos: Bolivia, Perú, Colombia, Ecuador, Guatemala, Honduras y Costa Rica. Este proceso ha permitido enriquecer el diálogo y la acción conjunta de CIDSE con sus co-partes latinoamericanas de cara a la organización de estrategias de cambio social, con vistas a otro modelo de desarrollo.

Desde una visión del sur se muestra el escenario y tendencias dominantes de las industrias extractivas en América Latina; los efectos negativos para las comunidades locales y la criminalización de las protestas de las personas que defienden los derechos de las comunidades, así como las estrategias de organización social, de consulta participativa, de monitoreo de daños, de denuncia y de gestión legal que buscan dar respuesta a esta situación tanto en América Latina, como en paises del Norte.

Finalmente, se señala el rol de la Sistematización de Experiencias para estas organizaciones: CER-DET y FRUTCAS en Bolivia; CEAS, SER y RED MUQUI en Perú; ACCION ECOLOGICA en Ecuador; CAJAR en Colombia; CARITAS y ASONOG en Honduras; CONGCOOP, SERJUS y COPAE SAN MARCOS en Guatemala; CEP Alforja en Costa Rica.

En esta producción, realizada por La Pecera (www.lapecera.org) se recogen voces, imágenes, testimonios directos de los actores y actoras de estas experiencias, así como las reflexiones colectivas surgidas del intercambio y el debate en un contexto internacional de solidaridad y cooperación.
(En español, with English subtitles)

Para asistir el video, haz click aqui

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Mais uma veia sendo aberta na America Latina


Um novo corredor de exportação


Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Daniel Curio)
Em 17/4/2009

A Vale inaugurou ontem o Terminal Intermodal de Pirapora (TIP), no noroeste de Minas Gerais. O projeto é uma parceria da mineradora com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), uma de suas controladas, e o governo do estado de Minas Gerais. O investimento total previsto é de R$ 300 milhões, aportados até 2013. Até esta fase do projeto, já foram disponibilizados R$ 60 milhões, dos quais R$ 50 milhões na recuperação da ferrovia e mais R$ 10 milhões no terminal.

O objetivo do projeto do Terminal Intermodal de Pirapora é a criação de um corredor de exportação. A produção de grãos do noroeste de Minas Gerais, além de estados próximos, poderá ser levada por via rodoviária até a cidade de Pirapora. De lá, a carga seria transportada pela FCA e pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) - também da Vale - até o porto de Tubarão, no Espírito Santo. A Vale estima que, com o projeto, serão gerados cerca de 20 mil empregos em toda a cadeia produtiva.

"A cada etapa de novos investimentos, lembramos do que ficou para trás. Para chegar ao ponto em que estamos, a Vale assumiu o controle da FCA em 2003 e fizemos um investimento monumental na empresa. Nós tínhamos restrições em tudo. O último trem passou aqui há 28 anos. Somente na FCA, nós investimos mais de R$ 4 bilhões, mas ainda falta muito para colocá-la em nível de operação semelhante ao de grandes ferrovias", disse o diretor presidente da Vale, Roger Agnelli.

O executivo acrescentou ainda que, nos últimos anos, a Vale aplicou mais recursos na ampliação de sua capacidade logística. "A Vale também investiu mais de US$ 5 bilhões nos últimos seis anos para melhorar sua infraestrutura. São mais de 1 mil quilômetros de ferrovias. Além disso, dobramos a capacidade de todos os portos da Vale", comentou Agnelli.

O terminal deve movimentar cerca de 600 mil toneladas, já em 2009. Em cada composição é possível transportar aproximadamente 2,2 mil toneladas. A partir de 2013, a movimentação será de 2,6 milhões de toneladas de grãos anuais.

Desde 20 de março, o TIP já vinha funcionando em fase experimental, com o transporte de soja. De acordo com o presidente da FCA, Marcelo Spinelli, os agricultores da região já conseguiram sentir a diferença.

"Estamos trazendo competitividade ao agricultor da região. A logística já ampliou o ganho em cerca de R$ 4 por saca de soja. Este vai ser um grande estímulo para a região, tanto para os produtores, quanto para os investidores", afirmou Spinelli.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL. O projeto foi planejado com foco no desenvolvimento regional. O governo de Minas Gerais investiu na recuperação e abertura de novas estradas, num total de 220 quilômetros. Recursos também estão sendo aplicados para reduzir os custos de transporte e produção no noroeste mineiro.

O empreendimento está fora do perímetro urbano e possui inicialmente dois silos de armazenagem, com capacidade estática de 3 mil toneladas cada, além de equipamentos para descarga de caminhões e embarque de granéis nos vagões. Um estacionamento para carretas com 18,5 mil metros quadrados tem capacidade de atender até 200 caminhões de uma única vez. A unidade também tem balança rodoviária e ferroviária.

Wednesday, 6 May 2009

Corte de custo deve melhorar lucro da Vale no trimestre

A mineradora Vale do Rio Doce deve apresentar lucro líquido no primeiro trimestre de 2009 superior aos R$ 2,2 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado. Apesar da queda no volume de vendas, por causa da crise global, os preços mais altos do minério de ferro e das pelotas, que são ajustados anualmente, devem contribuir para sustentar o resultado. O controle de custos deve ser outro fator importante para o aumento do lucro.

As projeções de bancos e consultorias para o resultado líquido da companhia são muito variadas. Vão de um piso de R$ 2,6 bilhões do banco Fator a R$ 3,2 bilhões da Brascan Corretora, R$ 3,4 bilhões do Citi, R$ 3,7 bilhões do Modal Asset a até R$ 5,3 bilhões de analistas de corretoras que não quiseram ser identificados. O resultado da mineradora brasileira no primeiro trimestre será divulgado amanhã, após o fechamento do pregão.

As estimativas de receita da companhia no período estão mais consensuais, concentradas no patamar de R$ 14,9 bilhões a R$ 15 bilhões, também acima do faturamento do primeiro trimestre do ano passado.

Apesar da demanda fraca pelo minério, a Vale conseguiu embarcar 50 milhões de toneladas do produto, das quais 30 milhões de toneladas para a China, a um preço médio de US$ 74, segundo estimativas do relatório do Citi.

O banco americano, que espera um "desempenho fraco" para a empresa no primeiro trimestre, avalia que a Vale deu descontos de 20% para as mineradoras chinesas durante o mês de março. Em janeiro e fevereiro, as vendas de minério da Vale foram provavelmente fechadas a preços de contrato, devido aos altos preços do mercado à vista no período.

O Citi projeta também para o trimestre embarques de 56 mil toneladas de níquel, a um preço médio de US$ 10.340 a tonelada.

Eduardo Roche, chefe da área de análise do Modal Asset, calcula que a queda de preço e de demanda do níquel possa ter reduzido a participação do metal no faturamento da Vale.

As projeções para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) da Vale no primeiro trimestre do ano vão de R$ 6 bilhões a R$ 6,9 bilhões.

A projeção mais alta, que supera o lajida do primeiro trimestre do ano passado (R$ 6,6 bilhões) e do último trimestre de 2008 (R$ 6,5 bilhões), parte da expectativa de que a empresa tenha sido severa na contenção de custos e de despesas operacionais no período, decorrentes de ajustes que tem praticado desde o quatro trimestre de 2008.

Os analistas consultados esperam uma recuperação da margem lajida da companhia, para percentuais entre 42,8% e 44%, indicando aumento em relação ao último trimestre de 2008 (38%) e queda na comparação com os 47% do primeiro trimestre do ano passado.

Roche, do Modal Asset, atribuiu esse avanço de margem no curto prazo a um controle de custos mais adequado para o faturamento da empresa. Ele acredita que a Vale está se adaptando às condições atuais de mercado. "A duvida agora é se as vendas vão pegar um pouco de gás no segundo trimestre, já que o mercado está muito incerto e as siderúrgicas estão dando sinais preocupantes", afirmou.

O analista destacou que a Nucor, nos Estados Unidos, e a gigante Arcelor Mittal, fecharam o trimestre com prejuízo.

As ações da Vale subiram ontem na bolsa. As preferenciais classe A avançaram 8,7%, mais do que o Ibovespa, que subiu 6,6%.

Por Vera Saavedra Durão, do Rio


Tuesday, 5 May 2009

Passeata contra empresa poluidora marca 1º de maio no Rio

Fonte: Agência Petroleira de Notícias
Veja fotos da atividade na Agência Petroleira de Notícias.


Com muita criatividade e energia, os movimentos sociais do Rio de Janeiro celebraram o Dia do Trabalhador com um ato contra a Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), na Zona Oeste do Rio. Os mais de mil participantes do ato denunciaram os fortes impactos econômicos, sociais, ambientais e culturais conseqüentes do mega empreendimento instalado na Baía de Sepetiba. Ameaça a população, ataque ao ecossistema local e falta condições dignas de trabalho motivaram a escolha da empresa como símbolo da resistência dos trabalhadores contra o sistema capitalista.

Ônibus do Centro do Rio, de Niterói e outros locais, além dos moradores da zona oeste do Rio se concentraram na praça em frente ao Hospital Pedro II, em Santa Cruz. Depois de apresentações teatrais sobre as atrocidades cometidas pela TKCSA e algumas falações a passeata partiu em direção à Sepetiba. Ao longo do caminho os manifestantes entregaram um jornal do 1º de maio, com textos sobre a crise e os danos causados pela Companhia Siderúrgica do Atlântico. A aceitação do material foi muito boa. Os moradores da região se penduravam nas janelas, amontoavam-se nas portas e até acenavam para a passeata como se assistissem a um desfile.

População recebe manifestação com entusiasmo

Ao chegar à portaria 2 da CSA, na Rua João XXIII, por volta de meio-dia, os manifestantes pressionaram os portões da companhia ameaçando uma possível entrada. O elevado número de seguranças particulares somado ao reforço da polícia militar, porém, inviabilizaram uma ação mais contundente de ocupação. As entidades e organizações populares que constroem a Plenária dos Movimentos Sociais, responsável pela manifestação, foram unânimes em exaltar o sucesso da atividade.

- Ver o interesse da comunidade em nossa manifestação, mostrar nossa solidariedade de classe e conscientizar esse povo da zona oeste da exploração a que estão sendo submetidos é a melhor forma de resgatar o sentido do 1º de maio. Não podemos esquecer que essa data tem origem no assassinato de trabalhadores porque seus patrões não queriam negociar a redução da jornada de trabalho para oito horas, durante uma greve em Chicago, nos EUA, em 1886 – relembra o bancário Vinicius Codeço, coordenador da Intersindical.

Além das centrais sindicais e outras entidades de trabalhadores, a manifestação contou com a participação de movimentos comunitários, estudantis, ambientais, entre tantos outros.

- Estamos felizes por retomar o 1º de maio como um dia de luta dos trabalhadores e não uma festa, um feriado qualquer. Viemos até Santa Cruz, assim como estaremos em todos os lugares, para mostrar que a sociedade não irá aceitar de forma inerte todos os ataques da CSA. Esse projeto é só um símbolo para mostrarmos que os trabalhadores irão se unir e não aceitaremos pagar a conta pela crise global – afirma o petroleiro Emanuel Cancella, coordenador do Sindipetro-RJ, filiado à CUT.

Por dentro do projeto TKCSA

A primeira indústria da programada para a região é a Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA). O projeto tem 10% das suas ações votantes nas mãos da VALE (CVRD) e outros 90% com a empresa alemã Thyssen Krupp Steel. No total, estão programadas cinco indústrias siderúrgicas e oito portos privados. Todos esses empreendimentos contam com o apoio econômico e político dos governos . O poder executivo municipal, estadual e federal garantem isenção de impostos e financiamento direto, principalmente através do BNDES. Desrespeito à legislação brasileira, desmatamento, poluição, falsas promessas de empregos, relação com milícias e diversos riscos à saúde são apenas algumas das denúncias que pairam sobre o negócio.

Leia mais sobre a mobilização dos movimentos sociais do Rio contra a TKCSA.

Sunday, 3 May 2009

Rebaixamento de 15% dos custos para Vale

Bartolomeo, diretor de logística: "Baixamos em 15% o custo dos projetos"

A Vale do Rio Doce aproveitou a crise econômica mundial, que reduziu a demanda por minério de ferro, para ajustar os investimentos da empresa na área de logística. O plano da mineradora é investir US$ 11,4 bilhões entre 2009 e 2013, abaixo dos US$ 12 bilhões previstos no planejamento anterior, válido para o período 2008-2012. O número um pouco menor reflete o fato de que, em função da crise, a empresa ganhou mais tempo e conseguiu reduções de custos para implantar o projeto de ampliação da capacidade da Estrada de Ferro de Carajás (EFC) e do terminal marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão.

A ferrovia e o porto, ambos situados no chamado sistema norte da Vale, devem receber cerca de US$ 7 bilhões para aumentar em quase 80% em cinco anos a capacidade de escoamento. A capacidade atual do sistema logístico norte da Vale, que é de 130 milhões de toneladas por ano, deve chegar a 230 milhões de toneladas a partir de 2014. A nova realidade do mercado permitiu à Vale baixar em 15% o custo dos projetos de ampliação da EFC e do terminal de Ponta da Madeira, o que representa economia de US$ 1 bilhão, disse Eduardo Bartolomeo, diretor executivo de logística da mineradora.

A economia é resultado da renegociação de preços com fornecedores de equipamentos e serviços, do câmbio e também de mudanças na forma de executar o projeto de engenharia no sistema norte. A empresa poderá comprar trilhos mais baratos e, em um primeiro momento, terá menos canteiros de obras. "Mas estamos mantendo o compromisso de dobrar os investimentos (em logística) nos próximos cinco anos, apesar da crise", disse Bartolomeo. A comparação refere-se aos US$ 5,15 bilhões investidos em logística no período 2004-2008, quando a empresa ampliou a malha ferroviária em mil quilômetros e incorporou à frota 260 locomotivas e 11,3 mil vagões.

"Continuaremos a ser quem mais investe (em logística no país)", disse Bartolomeo. Ele afirmou que a decisão de continuar a investir busca evitar que no momento em que houver uma retomada da demanda por minério de ferro a empresa tenha limitações de capacidade para escoar a produção, como já ocorreu no passado. "Caso a condição de mercado mude (para melhor), podemos acelerar o desenvolvimento do programa (de investimentos)", afirmou.

A Vale prepara-se para começar, em outubro, as obras do pier quatro em Ponta da Madeira (MA), projeto que está em audiência pública e que quando estiver a plena carga terá capacidade de escoar 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A ampliação do terminal marítimo de Ponta da Madeira previa obras em terra e no mar. "Agora vamos avançar no projeto desde a terra (para o mar) porque ganhei mais tempo no planejamento. Esse é um exemplo de mudança de escopo que deixa o projeto mais barato", disse.

Bartolomeo negou que os ajustes signifiquem adiamentos nos projetos, uma vez que o início das principais obras foi mantido de acordo com o cronograma original. O que ocorreu foi que fases intermediárias dos projetos puderam ser reprogramadas em função da crise. O executivo afirmou que o primeiro novo berço para carregar navios de minério em Ponta da Madeira terá de estar pronto em 2012, mas o segundo berço poderá ser feito mais adiante. Os dois berços estarão ligados ao pier quatro.

Os investimentos em logística no sistema norte serão feitos independente do desenvolvimento de Serra Sul, em Carajás, o maior projeto novo ("greenfiled") da empresa e o maior do mundo em termos de produção de minério de ferro. "Teremos também Serra Norte e capacidades adicionais (de carga) vindas da Norte-Sul (a ferrovia Norte-Sul, que se liga à EFC) e de carga geral", disse Bartolomeo. Uma das grandes apostas da Vale é ampliar o escoamento de grãos, sobretudo soja, pelo corredor Norte-Sul-EFC-Ponta da Madeira. Segundo as projeções da empresa, o movimento de grãos poderá chegar a 8,8 milhões de toneladas em 2013.

Bartolomeo acrescentou que o sistema sul da Vale também está recebendo investimentos para ampliar a capacidade dentro dos US$ 11,4 bilhões previstos até 2013. Os investimentos incluem a instalação de novos carregadores de navios no porto de Tubarão, no Espírito Santo. O porto, que hoje tem capacidade de exportar 105 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, deve aumentar a capacidade para 120 milhões de toneladas/ano. A Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), também controlada pela Vale, está aumentando sua capacidade de transporte em 20% graças à implantação de um novo sistema de sinalização.

Fonte: Valor Econômico, 29 de Abril de 2009 

Argentina: Water is Worth More Than Gold! 300 Organizations Collectively Say "No To Open-Pit Mining"

By Fionuala Cregan
Thursday, 30 April 2009
Gathering in the Province of San Juan, the heart of the Argentinean mining industry, representatives of the Union of Citizens Assemblies reaffirmed their commitment to fighting an economic model which is plundering natural resources and destroying livelihoods.

Gaby Romero, a school teacher and member of a neighborhood assembly in the province of La Rioja couldn’t quite believe it when she heard that a book, “The Young Miner”, had been produced by the local Ministry for Education. The book aims to teach school children about the benefits of mining. “These companies come here to destroy our mountain, our water supply, our food security and our right to protest. They put us under surveillance, hire civilians to intimidate us and now they want to try and indoctrinate our children,” she says. “We won’t let them, we have been fighting them for three years now and we will continue to fight them until they are all gone.”

These, and other stories, abounded at the 9th Meeting of Citizen’s Assemblies held in San Juan, North West Argentina, from April 24-26. The meeting brought together representatives of 300 organizations from around the country all of which have grown out of local conflicts with multinational companies–in particular those companies involved in mining and agribusiness.

Defined loosely as Citizens Assemblies, these organizations emerged in Argentina during the 1990s in response to the rapid advance of an economic model focused on the extraction or cultivation of primary materials for exportation.

“The neoliberal model pursued in particular by President Menem and which continues to a large extent today is one which values business interests and profit over the environment and the well-being of the population,” says Ramon Gomez of the Citizen’s Assembly of San Juan. “This model was imposed on us–there was no consultation whatsoever despite the fact that the arrival of multinational companies and the plundering of our natural resources, has a massive impact on our lives. It would have been suicide for us not to react–we had to come out and defend our lives and the environment. And so we began to organize and to present alternatives.”

Citizens Assemblies have since become important alternative spaces for involving citizens in local and national politics. “As these spaces do not exist within institutional politics which in Argentina continue to be anti-democratic, we had to create them ourselves, they have become the only way we can have our voices heard,” says Gomez.

Among the main actions taken by Citizens Assemblies to demand change and express their repudiation of the current economic model are: road blocks, including blocking transportation of machinery or materials to the plants of multinational companies, mass demonstrations, events to humiliate public figures known as “escraches”, and symbolic hunger strikes. They also carry out information and education campaigns and research on an ongoing basis.

According to Gomez, the assemblies evolved naturally, based on a conviction that people power is the only way to bring about change. “Our communities had to either unite and react – or disappear,” says Gomez.

Many, such as that of the Province of La Rioja, started out with just eight members, but through information campaigns and local actions grew to 3000. Gradually, too, the assemblies began to have an impact.

1n 1998, an Assembly in the northwest province of Catamarca succeeded in bringing criminal charges of environmental contamination against the Vice-President of the country’s largest mining operation Bajo La Alumbrera. Julian Rooney has been accused of violating a Law on Toxic Waste Emissions as a result of the actions of his company. Through its open-pit copper and gold mining project, La Alumbrera was found to have dumped millions of liters of toxic liquid wastes into a local canal used by animals and farmers. The canal, known as DP2, is the headwater of the large Sali-Dulce river basin, an important water source for both provinces. A series of tests revealed that levels of lead, cadmium, copper, selenium, mercury, cyanide and arsenic in the canal were well above legal health limits. A claim was filed in 1998 by the Citizens Assembly, and in May 2008 charges were made by the Federal Courts of Tucuman against Roony, the first case of its kind against a mining company in Latin America.

Another land mark success was that of the Assembly of Esquel, which lobbied for the convening of a popular consultation in 2005 with local communities on whether they agreed to the ongoing mining project by the company Meridian Gold. A resounding 81 percent "No" vote lead to a law at the provincial level banning open-pit mining throughout the Province of Chubut, as well as the subsequent suspension of the Meridian Gold Project.

In addition, last year the Citizens Assembly of Gualeguaychù, in the province of Parana, succeeded in lobbying the Argentinean Government to bring a case to the International Court of Justice in The Hague. The case is against a Finnish Paper Mill Plant based in Uruguay, but whose operations, according to the Citizen’s Assembly, are polluting the River shared by both countries thereby damaging the local eco-system.

However, the success of the Citizens Assemblies has also lead to conflicts. Local government officials, representatives and employees of multinational companies and certain sectors of the media, according to members, are actively working to delegitimize the Assemblies, and there have been a number of attacks and attempts to criminalize the actions of the assemblies. The most recent took place on April 14 in the province of La Rioja where three assembly members were physically attacked by staff of the Provincial Secretariat for Mining as they attempted to block the entrance to one of the mining operations.

As these stories of successes and challenges emerged over the years, local assemblies members realized their struggles were in one way or another linked to those of other groups. In this way, a decision was made to create a national coordinating body. The UAC was formed in 2006 and works to unify and articulate the work of the Assemblies at national level.

At its 9th Meeting last weekend, the UAC focused on four themes –mining, agro-business, urban conflicts and legal issues– all of which were related to the two themes of water and education. The issue of mining, however, undoubtedly came to dominate the event.

Hailed as the mining industry’s “rising star,” with 75 per cent of its mining potential still unexplored, companies from countries including the U.S., Canada and South Africa have all expressed an interest in working in Argentina. Eighteen large-scale projects are planned for 2015, including one which would straddle the Andean peaks between Argentina and Chile. Known as the Pascual Lama project, it is lead by the world's largest gold miner, Barrick Gold Corp, of which former president George Bush the senior is amongst its board of directors.

San Juan, where the UAC meeting took place, is within the heart of the proposed Pascual Lama project, and the local Assembly has been particularly active in lobbying against it and other projects in the region.

The Assembly faced a major blow in December 2008 when a Presidential Decree was used to veto a law, approved unanimously in the Parliament, which aimed to protect the country’s glaciers, a vital source of water in Argentina’s southern provinces which also serve as important buffers against global warming. The glaciers fall within the radius of the Pascual Lama project, while and the Presidents veto of the law, which stated that it was excessive "to ban mining or oil drilling activity on glaciers," has since become known as the "Barrick Gold Veto".

The Governor of San Juan, Jose Luis Gioja, has strong family and political links to the mining industry and is thought to have been particularly influential in achieving the President’s veto to the Glaciers law. Tensions between his office and the Citizens Assembly of San Juan are high. In the days leading up to the UAC meeting, posters promoting the event were covered over with stickers reading “Yes to Jobs, Yes to Development, Yes to Mining!”, sectors of the main Provincial media refused to provide any coverage of the meeting and on the morning of the opening event–a march of 500 UAC representatives through the city of San Juan calling for the protection of the Glaciers–a counter march of miners was convened by Governor Gioja.

“The Governor wants to cause clashes between the two groups and then use this as an excuse to come in and repress–but we will not allow this to happen,” said one UAC member.

As participants, some dressed up as miners wearing skeleton masks, congregated in the main square with banners reading “Water is Worth More than Gold” and “Yes to Life, No to Mining.” Miners and 4x4 trucks with mining company logos then began to surround the square. However, Nobel Peace Prize Laurete Adolfo Perez Esquivel, who lead the demonstration, managed to ensure that no conflict ensued. Speaking into a megaphone he stated that the UAC had not “come to confront any sector of society” but “was meeting to fight against the exploitation of labourers and the plundering of natural resources carried out by multinational companies.”

Members of the Assembly of San Juan then went on to express their concerns about the Pascua Lama project which they say would use almost 370 litees of water a minute–adding to the mining projects already in existence in the province which currently consume 10 million liters of water a day.

“This is more than the average daily consumption of citizens in the province of San Juan which amounts to 8 million liters,” they stated.

They also rejected the argument that mining benefits the country by creating jobs, highlighting that mining created only 1,200 jobs, whereas the garlic industry alone created 5,000.

Following the march, participants convened in a camp site in the outskirts of the city of San Juan were the rest of the two day meeting took place. True to the horizontal structure of the Assemblies, members divided into working groups to share experiences, review actions taken, and define priorities for the following six months. These were then presented and discussed in a plenary session where a final consensus was reached.

In the final session there was unanimous agreement that solidarity and unity amongst assemblies would be key in the next few months and that a massive demonstration of people power would be organized with members descending on the capital of Buenos Aires, in particular to express their repudiation at what they call the criminalization of social protest – the main tool used by Citizen’s Assemblies which they feel is increasingly coming under threat. They agreed to continue to challenge the actions of multi-national companies legally by bringing charges against them through the courts and also to put forward proposals on a regional level for the foundation of an Inter-American Environmental Court where companies could be processed for human rights violations.

Recognizing the next six months would be difficult as the regional and national Government would continue to try and repress, criminalize, intimidate and attack the work of the Assemblies, the meeting ended with recognition of the indivisible link between the work of the Assemblies and the construction of a true democracy.

“All members of UAC are involved in a process of creating alternative social and political systems which represent new forms of local and global interaction. In the Assemblies, citizens work individually and collectively to find solutions to problems and have a say in the kind of world they would like to live in,” they said, “This is not a dream, it is something very urgent and very real.”
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For more information on Citizens Assemblies against mining go to: http://www.noalamina.org/

To join the Facebook Page of the La Rioja Citizens Assembly go to: http://www.facebook.com/group.php?gid=51334149068

For more information on the Gualeguaychu Assembly’s campaign against the Finnish Paper Mill Plant go to: http://www.noalaspapeleras.com.ar/