Cerca de 200 atingidos pela barragem de Estreito, organizados no MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), montaram hoje (21/07) um acampamento em frente ao canteiro de obras da usina, que fica na BR 010, entre os estados de Tocantins e Maranhão. Os manifestantes pretendem ficar lá até que suas reivindicações sejam atendidas.
Em janeiro, os atingidos realizaram uma grande assembléia para tratar dos problemas causados pela construção da hidrelétrica e construír uma pauta de reivindicações. Alguns itens da pauta são: definição coletiva dos critérios gerais para realização das indenizações; reassentamentos para todos os ocupantes, meeiros, arrendatários; participação direta dos atingidos organizados nas negociações, etc.
Segundo levantamento do MAB, a usina vai atingir cerca de 5 mil famílias, em 12 municípios. No entanto, para o consórcio Ceste são apenas 2 mil pessoas atingidas, já que o consórcio pretende indenizar apenas aqueles que são proprietários de terras, não reconhecendo os que têm profissões ligadas ao rio como, os pescadores, barraqueiros e quebradeiras de côco. Além disso, segundo o MAB, as indenizações propostas pelo Ceste são inferiores às da barragem de Peixe Angelical e São Salvador, também construídas no rio Tocantins.
O consórcio Ceste - formado pelas empresas Suez Energy International, Vale, Alcoa e Camargo Corrêa Energia - já foi alvo de seis ações judiciais, uma delas movida pelo MAB em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
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