Sunday 26 July 2009

Conflitos pela Barragem de Estreito (Vale está no Consórcio)

Cerca de 200 atingidos pela barragem de Estreito, organizados no MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), montaram hoje (21/07) um acampamento em frente ao canteiro de obras da usina, que fica na BR 010, entre os estados de Tocantins e Maranhão. Os manifestantes pretendem ficar lá até que suas reivindicações sejam atendidas.
Em janeiro, os atingidos realizaram uma grande assembléia para tratar dos problemas causados pela construção da hidrelétrica e construír uma pauta de reivindicações. Alguns itens da pauta são: definição coletiva dos critérios gerais para realização das indenizações; reassentamentos para todos os ocupantes, meeiros, arrendatários; participação direta dos atingidos organizados nas negociações, etc.
Segundo levantamento do MAB, a usina vai atingir cerca de 5 mil famílias, em 12 municípios. No entanto, para o consórcio Ceste são apenas 2 mil pessoas atingidas, já que o consórcio pretende indenizar apenas aqueles que são proprietários de terras, não reconhecendo os que têm profissões ligadas ao rio como, os pescadores, barraqueiros e quebradeiras de côco. Além disso, segundo o MAB, as indenizações propostas pelo Ceste são inferiores às da barragem de Peixe Angelical e São Salvador, também construídas no rio Tocantins.
O consórcio Ceste - formado pelas empresas Suez Energy International, Vale, Alcoa e Camargo Corrêa Energia - já foi alvo de seis ações judiciais, uma delas movida pelo MAB em parceria com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

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