Saturday 18 July 2009

A Vale e o potassio: novos projetos

RIO - A Vale negou ter feito proposta para aquisição de empresas do setor de fertilizantes, embora tenha admitido ser frequentemente procurada por intermediários financeiros com o propósito de oferecer oportunidades de aquisição de empresas produtoras de fertilizantes.

"Contudo, tendo em vista a superioridade de nossas alternativas de crescimento orgânico, a Vale não realizou qualquer proposta com vistas a adquirir empresas do setor", diz a nota divulgada pela mineradora.

O comunicado da Vale foi divulgado um dia depois de a imprensa veicular notícias sobre uma possível oferta de US$ 25 bilhões para a compra da Mosaic, empresa produtora de fosfato e potássio controlada pela Cargill.

"Dado que dispõe de sólida posição financeira e possui clara estratégia de crescimento de sua capacidade de produção, a qual vem sendo implementada através de substancial volume de investimentos nos últimos anos, somando US$ 51,7 bilhões de 2004 até março de 2009, a Vale se constitui naturalmente em alvo de rumores e especulações sobre aquisições de empresas de mineração", acrescenta o comunicado da Vale.

No documento, a mineradora admite que a expansão de suas atividades no setor de fertilizantes é um objetivo estratégico, mas lembra que há diversas formas de concretizá-lo com oportunidades de crescimento orgânico.

Entre as opções listadas pela Vale estão os projetos de desenvolvimento de ativos para a produção de potássio de Carnalita, no Estado de Sergipe, no Brasil; Rio Colorado e Neuquén, na Argentina; Regina, no Canadá; e Evate, em Moçambique.

"A execução desses projetos transformará a Vale num dos líderes globais na produção de potássio, com produção estimada em mais de 12 milhões de toneladas anuais", afirma a nota.

A empresa diz ainda que o retorno esperado dos projetos próprios é maior que aquele proporcionado por aquisições no setor.

A Vale desenvolve ainda o projeto de Bayóvar, no Peru, com investimento total orçado em US$ 479 milhões e capacidade de produção anual de 3,9 milhões de toneladas anuais de concentrado fosfórico. Até o final de junho deste ano, foram investidos US$ 159,3 milhões na construção de Bayóvar, cuja conclusão está prevista para o final de 2010. Numa segunda fase, Bayóvar poderá atingir produção total de 7,3 milhões de toneladas anuais.

(Valor Online)

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