Tuesday 26 October 2010

Notícias da Vale em Moçambique

Termina reassentamento de famílias abrangidas pelo projecto

Fonte: O País
Sexta, 22 de Outubro de 2010


Carvão de Moatize

Terminou, no distrito de Moatize, em Tete, o reassentamento das cerca de mil famílias abrangidas pela área concessionada ao Projecto do Carvão de Moatize, da Vale Moçambique.

O referido processo de transferência das famílias das zonas de origem para as de reassentamento de Kateme durou perto de um ano.

De acordo com o gerente de Comunicação e Desenvolvimento Social daquela empresa do ramo mineiro, o processo decorreu dentro do cronograma do projecto.

Adriano Ramos disse que o passo a seguir será a criação de uma equipa multitarefas constituída de técnicos agrários, ambientalistas, saúde, educação, psicólogos, entre outros, que terá como principal actividade monitorar a nova realidade daquelas famílias.

Para já, estão em curso actividades de assistência alimentar e agrícola, sendo que, nesta componente, cada família beneficiou de um hectare para a produção de alimentos.

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Vale vai investir 1 bilião de dólares no Corredor do Norte

Fonte: O País
Quarta, 20 de Outubro de 2010

Maior parte servirá para construção de ferrovia no Malawi


Com os olhos no Corredor de Desenvolvimento do Norte, a mineradora brasileira pretende criar uma grande plataforma logística para garantir o escoamento de toda a sua produção.

A mineradora brasileira Vale, que está a desenvolver um projecto de exploração de carvão na província de Tete, planeia investir, pelo menos, cerca de um bilião de dólares no Corredor de Desenvolvimento do Norte, segundo noticia no seu “site”.

A maior parte deste montante será destinada à construção de um troço ferroviário de cerca de 300 km no território do Malawi. A intervenção vai permitir ligar o importante porto de Nacala, em Moçambique, à Zâmbia, onde a Vale tem interesses na exploração de recursos minerais.

Esta semana, o presidente da mineradora, Roger Agnelli, dirigiu a cerimónia de lançamento da pedra principal de um novo projecto de cobre naquele país. O mesmo receberá investimentos de 400 milhões de dólares da Vale e da sua sócia, a sul-africana ARM, nos próximos dois anos.

Com os olhos no Corredor de Desenvolvimento do Norte, a mineradora brasileira pretende criar uma grande plataforma logística para garantir o escoamento de toda a sua produção, incluindo a que vai extrair da mina de Tete.

O projecto terá capacidade de produção de 11 milhões de toneladas de carvão bruto, sendo 8,5 milhões de carvão metalúrgico e 2,5 de carvão térmico. As máquinas da unidade industrial em construção começam a roncar em 2011, prevendo-se que, até lá, sejam investidos 1 322 milhões de dólares.

*Nacala XXI*

A brasileira tem um acordo com o governo moçambicano e a empresa privada Insitec para desenvolver o projecto Nacala XXI, ao abrigo do qual estão programados investimentos na ordem de 1,6 bilião para a modernização das infra-estruturas e a construção de um porto de raiz.

A posição da Vale em relação ao norte de Moçambique justifica-se pelo facto do porto da Beira e a respectiva linha férrea de Sena, em Sofala, no centro do país, terem capacidades limitadas, prevendo-se que a médio prazo não possam movimentar mais carga.

A empresa vai utilizar as infra-estruturas do centro do país durante a primeira fase do seu projecto, mas a movimentação de quantidades superiores depende da abertura de uma nova via. O porto de Nacala localiza-se no extremo sul da baía de Bengo. Devido à profundidade das suas águas, apresenta condições excepcionais de navegabilidade, o que permite a entrada
e saída de navios sem limitação de calado. Nacala funciona 24 horas por dia e não necessita de dragagem, características que lhe conferem a classificação de maior porto natural de águas profundas da costa oriental de África.

Em 2009, a Vale injectou 302 milhões de dólares e projecta aplicar 595 milhões de dólares este ano nas minas de Moatize, num investimento total de 1.3 bilião de dólares.

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