SÃO PAULO - Nos próximos dois anos, a Vale investirá entre US$ 26 bilhões e US$ 28 bilhões para finalizar seus projetos de expansão. A previsão foi anunciada nesta segunda-feira pelo presidente da empresa, Roger Agnelli, durante o 8º Vale Day, na Bolsa de valores de Nova York, nos Estados Unidos.
- Queremos terminar os projetos e dobrar numero de novos projetos. Fertilizantes e cobre são prioridades - comentou Agnelli durante a apresentação, que marca dez anos da oferta de ações da Vale no mercado americano.
Segundo o executivo, o plano de investimentos da empresa será detalhado nas próximas duas semanas, mas a companhia iniciou sete projetos este ano e possui mais seis engatilhados para 2011.
Roger Agnelli evitou comentar rumores sobre uma possível saída do comando da empresa, após a sucessão presidencial ou a respeito de divergências com a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.
- (Eu e Dilma) temos um relacionamento muito bom. Temos o mesmo objetivo, que é o crescimento da companhia e lucratividade. A empresa não é uma companhia política, suportamos a inovação, tecnologia (...). O que temos de fazer é continuar trabalhando - complementou.
Questionado mais de uma vez pela imprensa sobre o tema, Agnelli afirmou que uma mudança poderia ser "natural".
- Se os acionistas quiserem mudar, é o trabalho deles tomar esta decisão. Faz parte da democracia e é um ótimo exercício - respondeu.
Vale produz 82,6 mi de toneladas de minério de ferro no 3º trimestre
A produção de minério de ferro da Vale alcançou 82,6 milhões de toneladas métricas no terceiro trimestre do ano, melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2008, quando a companhia marcou o recorde de 85,8 milhões de toneladas métricas produzidas. De acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira pela mineradora, nos primeiros noves meses do ano, a Vale acumula produção de 227,5 milhões de toneladas métricas do produto, o que representa um crescimento de 30,4% ante o mesmo intervalo do ano passado.
A Vale atribui seu desempenho operacional ao aumento contínuo da produção da maioria de seus produtos e dos recordes na produção de pelotas, de 13,6 milhões de toneladas entre julho e setembro. No acumulado do ano até setembro, são 36,8 milhões de toneladas de pelotas. Isso corresponde a uma alta de 143,5% sobre o mesmo período de 2009.
No trimestre, as produções de carvão e bauxita também foram recordes, atingindo 1,9 milhão de toneladas métricas e 3,8 milhões de toneladas métricas, respectivamente.
De acordo com a companhia, a crescente demanda global por minerais, metais e fertilizantes é outro fator que está contribuindo para fortalecer seu desempenho financeiro. Nos primeiros sete meses do ano, a Vale entregou três projetos (Carajás Adicional 20Mtpa, Bayóvar e TK CSA) e outros três devem ser concluídos entre outubro e dezembro: Onça Puma, Três Valles e Omã. A previsão é de que as operações canadenses de níquel alcancem plena capacidade neste mês.
A Vale também destacou o desempenho do setor de fertilizantes. Em operação desde julho, a mina de rocha fosfática Bayóvar, localizada no Peru, produziu 209 mil toneladas no trimestre terminado em setembro.
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