Friday 27 March 2009

27 de março de 2009 : Dia crucial para a vida de muitos moçambicanos




Vale do Rio Doce lança «Projecto de Carvão» de Moatize

Fonte: Canal de Moçambique

Para o corrente ano, a companhia prevê gastos em investimentos de cerca de 444 milhões de dólares americanos, de um total de 1,389 mil milhões de dólares previstos para aplicar ao longo de todo o projecto em Moatize

Finalmente está desfeita a dúvida que vinha a ser alimentada em vários círculos. A Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD), acaba de confirmar que vai lançar em Moatize a primeira pedra do «Projecto de Carvão», em cerimónia a realizar no próximo dia 27 de Março corrente.

O lançamento da primeira pedra do «Projecto de Carvão» de Moatize, vai contar com a presença do presidente da República, Armando Guebuza, confirmaram ao «Canal de Moçambique» fontes da empresa.

O acto será igualmente testemunhado por diversas individualidade do mundo empresarial, de negócios e da política.

A Companhia do Vale do Rio Doce, está presente em Moçambique, mais concretamente em Moatize, desde Novembro de 2004, após ganhar concurso internacional para a realização de pesquisas, naquela que é considerada uma das maiores reservas carboníferas do mundo.

A mina de Moatize, segundo dados disponíveis deverá produzir 11 milhões de toneladas de carvão, sendo 8.5 milhões toneladas de metalúrgico e 2.5 milhões de carvão energético ou térmico, durante os próximos 35 anos.

O carvão, é o combustível mais utilizado na geração de energia, correspondendo actualmente, a 40 por cento do sector energético mundial.

Para o projecto de Moatize, aquela companhia anunciou um investimento de cerca de 444 milhões de dólares norte-americanos para o ano de 2009.

No total o investimento a aplicar no projecto será de 1,389 mil milhões de dólares americanos.

A industria mundial de carvão divide-se em dois grandes segmentos, nomeadamente, o energético que é utilizado nas usinas termoeléctricas para geração de energia, e o metalúrgico utilizado na industria siderúrgica como matéria prima para a produção do coque.

O projecto cuja primeira pedra será agora lançada, emprega actualmente de forma directa, perto de 900 pessoas, esperando-se que na fase de implantação, sejam criados até 3 mil postos de trabalho.

Em Moatize vivem actualmente 35 mil pessoas.

Durante a fase do estudo de viabilidade, ou seja desde 2004, a CVRD, fez investimentos em projectos virados para as áreas de educação, cultura, saúde, infra-estruturas e agricultura, quer em Moatize, como em toda a província de Tete.

Entre 2005-2006, foram realizadas análises socioeconómicas com base em levantamentos de dados secundários, pesquisas quantitativas e qualitativas entre outras iniciativas, tendo sido ouvidos 890 representantes públicos para apresentação do projecto.

A CVRD refere ainda que também tiveram lugar 23 reuniões com líderes locais, 55 apresentações culturais e 47 reuniões com as comunidades, em que, participaram 4.746 (quatro mil e setecentos e quarenta e seis) pessoas.

A sede da Companhia para o negócio de carvão, encontra-se na Austrália, mas as actividades são também desenvolvidas para além de Moçambique, na África do Sul, Angola e China.

Em 2008, a receita da venda de carvão da «Vale», totalizou os 577 milhões de dólares norte-americanos, dos quais 457 milhões foram relativos ao carvão metalúrgico (semi-hard, semi-soft e PCI) e, os restantes 120 milhões de dólares em carvão térmico, segundo dados daquela empresa a que tivemos acesso.

A produção de carvão metalúrgico em 2008, foi de 2.682 milhões de toneladas, enquanto que a do carvão térmico foi de 1.405 milhão de toneladas.

(Bernardo Álvaro)

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