Por: Nielmar de Oliveira
Fonte: Agência Brasil
Maputo (Moçambique) - A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) pode investir US$ 2,8 bilhões na construção de uma usina térmica a carvão em Moçambique, com capacidade de geração de até 2 mil megawatts (MW). O objetivo é atender à sua própria demanda, além de mercados da África, principalmente a África do Sul.
A construção da usina está atrelada ao projeto Carvão Moatize, um empreendimento de US$ 1,3 bilhão cuja pedra fundamental será lançada hoje (27) na Província de Tete para exportar carvão aos mercados do Brasil, Ásia, Europa e Oriente Médio.
A informação foi dada por dois ministros moçambicanos (de Energia e de Recursos Minerais) e pelo diretor do Centro de Promoção de Investimentos (CPI), Rafique Jusob. A Vale - por meio de sua assessoria de imprensa - confirmou a existência do projeto, mas negou que já exista uma definição quanto aos números do empreendimento.
"Existe um projeto para a construção de uma térmica em Moçambique que está ainda em fase de avaliação. Portanto, nenhum número relativo ao cronograma ou a investimentos está definido. O projeto será encaminhado à apreciação do Conselho de Administração", informou a empresa.
Os ministros Salvador Namburete, da Energia, e Esperança Bias, de Recursos Minerais, além de dar detalhes sobre a obra, anunciaram projetos que triplicam a capacidade energética do país.
Segundo Namburete, além do projeto da Vale, existem três a serem implantados em Moçambique que têm como contrapartida a construção, por parte das empresas envolvidas, de um linhão de 1,5 mil quilômetros de extensão e investimentos de US$ 1,6 bilhão destinados à integração energética do país.
Uma das usinas será a Mphanda-Nkuwa, a ser construída pela Camargo Corrêa, com capacidade para 1,5 mil MW (podendo chegar a 2,4 mil MW), envolvendo investimentos de US$ 2 bilhões.
Namburete anunciou ainda a construção de uma usina termelétrica a gás natural pelo grupo australiano BHP, envolvendo recursos de US$ 1,5 bilhão e capacidade de geração de 2 mil MW. Há também, segundo o ministro, um projeto para a construção da Usina de Caborabaça Norte, movida a carvão, com investimentos de US$ 1,6 bilhão e capacidade de geração de 1,5 mil MW.
"O atrelamento dos projetos dessas usinas à contrapartida da construção do linhão está ligado à autonomia do país, que precisa ter capacidade de escoar a própria energia - e os projetos integrarão a Região Central, ao Norte", esclareceu Namburete.
Atualmente, a capacidade de geração de energia de Moçambique é de 2,3 mil MW proveniente de uma única fonte: a Hidrelétrica de Caborabaça.
No país, com 20,5 milhões de habitantes, apenas 14% da população têm luz elétrica. A usina, construída e explorada pelos portugueses, está hoje sob domínio do Estado, que detém 85% de participação - 15% continuam com Portugal.
Do total da capacidade da usina, cerca de 1,4 mil MW é exportado para a África do Sul - destino de boa parcela da energia gerada pelos novos empreendimentos -, 400 MW ficam no país, mas uma pequena quantidade é exportada para países da África, como Zimbábue e Namíbia, o que gera receita anual de US$ 300 milhões.
A usina em Moatize terá capacidade nominal de produção de 11 milhões de toneladas por ano de produtos de carvão (metalúrgico e térmico). Com início de produção previsto para 2010, o projeto leva para Moçambique mais de 20 empresas brasileiras que já foram contratadas para atender à Vale na região, oferecendo serviços de engenharia, infra-estrutura, consultoria e gerenciamento.
Fonte: Agência Brasil
Maputo (Moçambique) - A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) pode investir US$ 2,8 bilhões na construção de uma usina térmica a carvão em Moçambique, com capacidade de geração de até 2 mil megawatts (MW). O objetivo é atender à sua própria demanda, além de mercados da África, principalmente a África do Sul.
A construção da usina está atrelada ao projeto Carvão Moatize, um empreendimento de US$ 1,3 bilhão cuja pedra fundamental será lançada hoje (27) na Província de Tete para exportar carvão aos mercados do Brasil, Ásia, Europa e Oriente Médio.
A informação foi dada por dois ministros moçambicanos (de Energia e de Recursos Minerais) e pelo diretor do Centro de Promoção de Investimentos (CPI), Rafique Jusob. A Vale - por meio de sua assessoria de imprensa - confirmou a existência do projeto, mas negou que já exista uma definição quanto aos números do empreendimento.
"Existe um projeto para a construção de uma térmica em Moçambique que está ainda em fase de avaliação. Portanto, nenhum número relativo ao cronograma ou a investimentos está definido. O projeto será encaminhado à apreciação do Conselho de Administração", informou a empresa.
Os ministros Salvador Namburete, da Energia, e Esperança Bias, de Recursos Minerais, além de dar detalhes sobre a obra, anunciaram projetos que triplicam a capacidade energética do país.
Segundo Namburete, além do projeto da Vale, existem três a serem implantados em Moçambique que têm como contrapartida a construção, por parte das empresas envolvidas, de um linhão de 1,5 mil quilômetros de extensão e investimentos de US$ 1,6 bilhão destinados à integração energética do país.
Uma das usinas será a Mphanda-Nkuwa, a ser construída pela Camargo Corrêa, com capacidade para 1,5 mil MW (podendo chegar a 2,4 mil MW), envolvendo investimentos de US$ 2 bilhões.
Namburete anunciou ainda a construção de uma usina termelétrica a gás natural pelo grupo australiano BHP, envolvendo recursos de US$ 1,5 bilhão e capacidade de geração de 2 mil MW. Há também, segundo o ministro, um projeto para a construção da Usina de Caborabaça Norte, movida a carvão, com investimentos de US$ 1,6 bilhão e capacidade de geração de 1,5 mil MW.
"O atrelamento dos projetos dessas usinas à contrapartida da construção do linhão está ligado à autonomia do país, que precisa ter capacidade de escoar a própria energia - e os projetos integrarão a Região Central, ao Norte", esclareceu Namburete.
Atualmente, a capacidade de geração de energia de Moçambique é de 2,3 mil MW proveniente de uma única fonte: a Hidrelétrica de Caborabaça.
No país, com 20,5 milhões de habitantes, apenas 14% da população têm luz elétrica. A usina, construída e explorada pelos portugueses, está hoje sob domínio do Estado, que detém 85% de participação - 15% continuam com Portugal.
Do total da capacidade da usina, cerca de 1,4 mil MW é exportado para a África do Sul - destino de boa parcela da energia gerada pelos novos empreendimentos -, 400 MW ficam no país, mas uma pequena quantidade é exportada para países da África, como Zimbábue e Namíbia, o que gera receita anual de US$ 300 milhões.
A usina em Moatize terá capacidade nominal de produção de 11 milhões de toneladas por ano de produtos de carvão (metalúrgico e térmico). Com início de produção previsto para 2010, o projeto leva para Moçambique mais de 20 empresas brasileiras que já foram contratadas para atender à Vale na região, oferecendo serviços de engenharia, infra-estrutura, consultoria e gerenciamento.
No comments:
Post a Comment