Parauapebas oferece rede de esgoto para apenas 13% das casas. Engenheiro que criou Carajás reconhece que houve erro no projeto.
Por: Globo Amazônia, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo
Ao lado da mina de Carajás, no Pará, a cidade de Parauapebas sofre com a ocupação desordenada. É um município improvisado, com favelas e áreas irregulares.
De acordo com o primeiro administrador da cidade, Francisco Britto, não foi possível planejar o crescimento de Parauapebas. "Até mesmo a abertura de ruas era feita a Deus dará. Iam abrindo a rua mais para lá e fazendo sua casa", diz ele.
Hoje com 153 mil habitantes, o município oferece rede de esgoto para apenas 13% das casas. Além disso, o fornecimento de água sofre duas interrupções a cada dia.
A mina de Carajás é responsável por mais da metade das receitas do município e o PIB per capita, de R$ 23029, é semelhante ao do Rio de Janeiro. "O recurso que temos hoje é consideravel se você comparar com outros municípios. Porém ele não é suficiente para atender toda a demanda social gerada pela grande migração que vem para o nosso município, que cresce 18% ao ano", explica Darci Lermem, prefeito de Parauapebas.
De acordo com João Márcio Palheta, geógrafo da Universidade Federal do Pará (UFPA), a cidade não sabe aproveitar suas riquezas. "Tem que criar capacidade de usar a mineração não como fim, mas como meio pra atingir outros tipos de atividade econômica, de serviço, saúde e
educação. A mineração agrega só o enchimento dos cofres publicos."
O engenheiro que criou Carajás, Eliezer Batista, concorda. Ele reconhece que houve erro estratégico no projeto ao não prever um pólo industrial ao lado da mina. "A idéia original não era só vender minério de ferro. Sempre acreditamos que você tem que agregar valor em todo produto", diz ele.
Segundo a mineradora, existem planos para aproveitar o minério no Brasil. Por isso, começaram a construir uma siderúrgica na região. "Isso demanda tempo. Na época do projeto Carajás, não existia nenhum parque siderúrgico instalado no Norte do Brasil", conta Kesley Julianelli, gerente geral de qualidade de Carajás. Hoje, 85% do minério de ferro que a mina produz são exportados.
Por: Globo Amazônia, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo
Ao lado da mina de Carajás, no Pará, a cidade de Parauapebas sofre com a ocupação desordenada. É um município improvisado, com favelas e áreas irregulares.
De acordo com o primeiro administrador da cidade, Francisco Britto, não foi possível planejar o crescimento de Parauapebas. "Até mesmo a abertura de ruas era feita a Deus dará. Iam abrindo a rua mais para lá e fazendo sua casa", diz ele.
Hoje com 153 mil habitantes, o município oferece rede de esgoto para apenas 13% das casas. Além disso, o fornecimento de água sofre duas interrupções a cada dia.
A mina de Carajás é responsável por mais da metade das receitas do município e o PIB per capita, de R$ 23029, é semelhante ao do Rio de Janeiro. "O recurso que temos hoje é consideravel se você comparar com outros municípios. Porém ele não é suficiente para atender toda a demanda social gerada pela grande migração que vem para o nosso município, que cresce 18% ao ano", explica Darci Lermem, prefeito de Parauapebas.
De acordo com João Márcio Palheta, geógrafo da Universidade Federal do Pará (UFPA), a cidade não sabe aproveitar suas riquezas. "Tem que criar capacidade de usar a mineração não como fim, mas como meio pra atingir outros tipos de atividade econômica, de serviço, saúde e
educação. A mineração agrega só o enchimento dos cofres publicos."
O engenheiro que criou Carajás, Eliezer Batista, concorda. Ele reconhece que houve erro estratégico no projeto ao não prever um pólo industrial ao lado da mina. "A idéia original não era só vender minério de ferro. Sempre acreditamos que você tem que agregar valor em todo produto", diz ele.
Segundo a mineradora, existem planos para aproveitar o minério no Brasil. Por isso, começaram a construir uma siderúrgica na região. "Isso demanda tempo. Na época do projeto Carajás, não existia nenhum parque siderúrgico instalado no Norte do Brasil", conta Kesley Julianelli, gerente geral de qualidade de Carajás. Hoje, 85% do minério de ferro que a mina produz são exportados.
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