Fonte: Agecom - Assessoria Geral de Comunicação Social do Governo do Estado da Bahia - 02/04/2009
O traçado definitivo da Ferrovia Oeste-Leste, que vai ligar Ilhéus, no Sul da Bahia, a Figueirópolis, em Tocantins, foi apresentado, nesta quinta-feira (2), no Centro Administrativo, ao governador Jaques Wagner pelo presidente da empresa responsável pela construção, Valec Engenharia, José Francisco das Neves. A ferrovia vai percorrer, ao todo, 1,5 mil quilômetros, atravessando 32 municípios baianos distribuídos por 1,1 mil quilômetros.
“A Valec se comprometeu comigo a fazer a licitação em maio para que as obras comecem em 2010”, afirmou o governador, em entrevista a uma emissora de TV, referindo-se à construção dos quatro trechos da ferrovia. Segundo o governador, o investimento previsto de R$ 4 bilhões já está no orçamento federal.
Neves informou que o cronograma está sendo cumprido e a empresa já entregou o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), dependendo agora da licença prévia ambiental. Ele disse que, inicialmente, eram cinco traçados. “Este último desenho é o resultado de uma discussão com toda a equipe de governo e as mudanças realizadas foram fruto da observação de elementos importantes, como reservas indígenas, rampas, entre outros detalhes técnicos e ambientais”, afirmou.
A secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, lembrou que, além da Ferrovia, a região de Ilhéus vai contar também com novos porto e aeroporto internacional. “O Governo do Estado está fazendo gestões junto ao Governo Federal para que as obras andem de forma simultânea”, informou. Segundo ela, no momento em que a ferrovia estiver iniciando, o porto também estará integrado dentro desta lógica, não só multimodal, mas também de cronogramas.
Desenvolvimento do agronegócio e produção mineral
Para o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo, a ferrovia é fundamental para o desenvolvimento da Bahia. “Abre-se não só um caminho para o desenvolvimento do agronegócio, mas para toda nossa produção mineral e a sua verticalização”, observou.
Amoedo disse que o conjunto logístico que está sendo pensado, integrando a construção da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul, vai transformar a Bahia em um portal de entrada e saída para os demais estados interiores do Brasil. “Esta obra muda todo o panorama regional, influenciando também o plano nacional. A ferrovia integrada ao porto sul será um vetor importantíssimo do escoamento da nossa riqueza e da produção dos nossos estados interiores”.
A integração entre os dois modais, segundo Amoedo, gera uma estimativa de exportação de cargas de 40 milhões de toneladas anuais a partir do aumento das atividades de mineração no estado, montante que pode aumentar com o decorrer do tempo. “Atualmente, os três portos baianos estão estrangulados, com um volume de cargas exportadas de cerca de 10 milhões de toneladas anuais”, contabilizou.
Outro benefício da ferrovia, segundo o secretário da Infraestrutura, Antônio Carlos Batista Neves, será o aumento da segurança e a redução dos gastos em manutenção de rodovias. “Sem dúvida as estradas baianas serão aliviadas porque os excessos de cargas das carretas que descem com a soja do Oeste do Estado para os portos, por exemplo, passam a ser levados de trem”, concluiu.
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